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Revista Uruguaya de Antropología y Etnografía

versão impressa ISSN 2393-7068versão On-line ISSN 2393-6886

Resumo

PICARONI SOBRADO, N. Reflexões sobre o trabalho médico e a identidade profissional a partir da inserção de médicos e médicas da ELAM no Uruguai e no Chile. Rev. urug. Antropología y Etnografía [online]. 2017, vol.2, n.1, pp.27-39. ISSN 2393-7068.

Retomo a abordagem do trabalho médico como ato social institucionalizado para pensar a permanência/transformação de práticas e saberes emrelação à identidade profissional. O saber e a identidade médica se constroem, trasformam e expressamem contextos específicos que lhessão intrínsecos. Os médicos formados na ELAM em Cuba incorporaram comportamentos, pressupostos e expectativas de função assim como aspectos “técnicos” do saber médico, que diferem em alguns pontos significativos dos dominantes nos seus entornos de inserção profissional. Por sua vez, estes entornos vão se inscrevendo procesualmente em sua prática e em sua identidade de diversas maneiras.

A partir de mina aproximação etnográfica à inserção destes médicos no Uruguai e no Chile proponho abordá-la como encontro entre maneiras diferentes de ser/fazer médicos. Nesse encontro se reafirmam, questionam e modificam as identidades profissionais; e também se expresam os desafíos fundamentais das sociedades que, em ambos os casos, remetem à estratificação social inequitativa.

O trabalho médico se caracteriza pela coexistência de amplos espaços de legitimação e profundas fissuras para o questionamento das formas de ser/facer hegemônicas que sustentam esa estratificação. O reconhecimento das funções de manutenção, legitimação e controle na própria prática médica cotidiana é um ponto de partida tão doloroso como necessário e crítico, no sentido de que constitui uma oportunidade que não tem uma resolução a priori. Entre as trajetórias possíveis está a de contribuir a trasformações profundas do modelo hegemônico.

Palavras-chave : Trabalho; identidade profissional; formação; médicos; ELAM.

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