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Cuadernos de Investigación Educativa
versão impressa ISSN 1510-2432versão On-line ISSN 1688-9304
Resumo
MURILLO, F. Javier e GRANA OLIVER, Raquel. Uma visão geral da segregação escolar por nível socioeconômico no Uruguai. Cuad. Investig. Educ. [online]. 2020, vol.11, n.1, pp.15-35. Epub 01-Jun-2020. ISSN 1510-2432. https://doi.org/10.18861/cied.2020.11.1.2941.
Esse trabalho procura aprofundar no conhecimento da segregação escolar por nível socioeconômico no Uruguai, com dois olhares específicos: um a Montevidéu e outro à contribuição de escolas públicas e privadas. Para tanto, é realizada uma exploração especial do banco de dados do Programa Nacional de Avaliação de Realizações Educacionais “Aristas 2017”, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Avaliação Educacional do Uruguai. A amostra, portanto, é composta por 15.356 alunos de 247 escolas. A segregação é estimada mediante 6 índices mais comuns: Dissimilaridade (ID), Gorard (IG), Raiz quadrada (IH), Isolamento (A), Gap central (CGI) e Índice de Inclusão Socioeconômica (IIS). Os perfis de segregação também são estimados e, finalmente, é analisada a discriminação da segregação nas escolas públicas e privadas. Tudo isso, tanto para o Uruguai quanto para Montevidéu. Os resultados sugerem que o Uruguai possui uma segregação escolar por nível socioeconômico médio de 0,56 (ID), 0,46 (IG), 0,31 (IA), 0,43 (IH), 0,42 (CGI) e 0,53 (IIS), que pode ser considerado alto. Além disso, verificou-se que a segregação apresenta valores meio-baixos para estudantes de famílias com menor nível socioeconômico e muito altos para aqueles de nível socioeconômico superior. A análise da segregação nas escolas públicas e privadas aponta para uma concentração muito alta de estudantes de níveis socioeconômicos mais altos nas escolas particulares. Nenhuma diferença importante foi detectada no estudo de Montevidéu. A principal conclusão dessa pesquisa é que o Uruguai deve tomar medidas para limitar a segregação escolar dos alunos com maiores recursos, garantindo a equidade também nas escolas particulares.
Palavras-chave : Segregação escolar; Nível socioeconômico; Uruguai; Escolas; Ensino de primeiro-grau.