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Psicología, Conocimiento y Sociedad

versão On-line ISSN 1688-7026

Resumo

MORTEO, Andrea. O uso de psicofármacos em instituições de acolhimento institucional de adolescentes em Montevidéu. Psicol. Conoc. Soc. [online]. 2018, vol.8, n.2, pp.84-97. ISSN 1688-7026.  https://doi.org/10.26864/pcs.v8.n2.7.

Este artigo estuda o fenômeno da prescrição e consumo de drogas psicotrópicas em instituições de acolhimento institucional para adolescentes, em Montevidéu. Presume-se que o estabelecimento de acolhimento institucional inclui ao dispositivo psiquiátrico como parte de sua estratégia de intervenção naturalizada. Uma metodologia cartográfica é utilizada (Passos et al., 2009), com um desenho misto.

Por um lado, as situações cotidianas dos centros que demandam atendimento psiquiátrico são analisadas, e a implementação de seu tratamento é problematizada. Por outro lado, há um debate sobre a construção da subjetividade dos jovens que passam sua infância e adolescência nesses dispositivos institucionais. As subjetividades adolescentes aqui são entendidas de forma governamental, como produto do cruzamento do dispositivo do acolhimento institucional com o psiquiátrico (Foucault, 2002, 2011). O psicofármaco é, nesta seção, entendido como uma tecnopolítica que, em seu uso sistemático, torna-se um corpo e, tornando-se inseparável, torna-se subjetividade (Preciado, 2013).

Como resultado, 46,6% dos adolescentes tinham psicofármacos prescritos no momento da investigação; superando os precedentes pesquisados nos níveis global e local. As narrações que sustentam essa intervenção a partir da prevenção e proteção dos adolescentes, tornam invisível um sistema que oferece o uso de psicofármacos desde o início do processo de institucionalização. Da mesma forma, algumas dimensões institucionais encontradas cronificam seus tratamentos, colocando em questão a atribuição exclusiva da intervenção psiquiátrica como estratégia de proteção da saúde mental do jovem singular.

Palavras-chave : Acolhimento institucional; Drogas psicotrópicas; Subjetividade; Dispositivo.

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