Resumo

ZEPEDA MAJMUD, Rocío. Processos constituintes no Chile: análise da modalidade de registro e sua influência na eleição dos constituintes. Rev. Urug. Cienc. Polít. [online]. 2023, vol.32, n.2, pp.191-205.  Epub 01-Dez-2023. ISSN 0797-9789.  https://doi.org/10.26851/rucp.32.2.8.

Os processos constituintes no Chile desencadeados após o Levante Popular de outubro de 2019 foram apresentados como uma saída institucional para a crise política e social. Foi assim que o primeiro processo foi caracterizado pela eleição de uma Convenção Constitucional composta principalmente por independentes e representantes de partidos de esquerda. Naquela ocasião, o projeto de constituição foi rejeitado pelos cidadãos, o que iniciou um segundo processo, no qual a extrema direita conquistou a maioria dos lugares disponíveis. Esta situação foi interpretada como um avanço dos grupos mais conservadores do país. No entanto, este artigo argumenta que essa mudança, mais do que responder a razões ideológicas, deveu-se principalmente à mudança no modo de inscrição, onde o voto obrigatório apresentou uma massa desconhecida de eleitores capazes de mudar o rumo de uma eleição, o que tornou os resultados eleitorais imprevisíveis e mudou o comportamento dos atores.

Palavras-chave : Processos constitucionais; voto voluntário e obrigatório.

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