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Revista Médica del Uruguay
versão impressa ISSN 0303-3295versão On-line ISSN 1688-0390
Resumo
BERTULLO, Gonzalo et al. Morbimortalidade associada ao Serviço de Neurocirurgia do Hospital de Clínicas. Estudo longitudinal retrospectivo durante o período abril de 2017-2019. Rev. Méd. Urug. [online]. 2021, vol.37, n.3, e204. Epub 01-Set-2021. ISSN 0303-3295. https://doi.org/10.29193/rmu.37.3.4.
Introdução:
a análise da morbimortalidade permite avaliar a qualidade do atendimento e dos resultados e comparar diferentes centros de saúde. Este é o primeiro estudo de morbimortalidade em neurocirurgia realizado no Uruguai.
Objetivo:
determinar a morbimortalidade global e específica no Departamento de Neurocirurgia do Hospital de Clínicas e a associação entre complicação e morbimortalidade.
Metodologia:
estudo observacional, descritivo-analítico, longitudinal, retrospectivo de todos os pacientes >15 anos que necessitaram de cirurgia entre abril de 2017 e 2019. Os dados foram obtidos dos prontuários dos pacientes e as variáveis analisadas foram: idade, sexo, comorbidade, aspectos clínicos, diagnóstico, oportunidade cirúrgica, complicação, tipo de complicação, mortalidade, causa da mortalidade, resultado e tempo cirúrgico.
Resultados:
477 pacientes foram operados dos quais 72 apresentaram complicações. A mortalidade geral foi de 5,5% (26/477) e a morbidade de 15% (72/477). 36% dos pacientes com complicações morreram (26/72).
A patologia vascular foi a causa específica de mortalidademorbidade específica mais freqüente 20% (14/69). A infecção foi o tipo de complicação mais freqüente 46% (39/84). A evolução da própria doença e do local da cirurgia ocasionou a morte de 90% dos pacientes com complicações submetidas a cirurgias de urgência (19/21), sendo este último fator de risco independente para óbito (p = 0,018).
Nas cirurgias eletivas, a causa da morte esteve ligada ao ato cirúrgico (80%). Houve associação entre patologia vascular e morbimortalidade (p = 0,015) e entre complicação isquêmica e morbimortalidade (p = 0,024). A presença de hipertensão intracraniana (HEC) foi associada a um desfecho ruim (p = 0,003).
Conclusões:
os resultados mostram uma boa qualidade de atendimento em comparação com outros centros. Ainda há aspectos a serem corrigidos para reduzir a morbimortalidade.
Palavras-chave : Morbimortalidade; Neurocirurgia; Hospitais universitários; Uruguai.