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Revista Médica del Uruguay

versão impressa ISSN 0303-3295versão On-line ISSN 1688-0390

Resumo

BRIOZZO, Leonel  e  VIROGA, Stephanie. Abordagem obstétrica integral da prematuridade e restrição do crecimiento fetal e sua relação com as doenças crônicas do adulto. Rev. Méd. Urug. [online]. 2020, vol.36, n.1, pp.216-234.  Epub 01-Mar-2020. ISSN 0303-3295.  https://doi.org/10.29193/rmu.36.1.9.

As síndromes obstétricas de parto de pré-termo (PP) e de restrição do crescimento fetal (RCIU) compartem mecanismos etiopatogênicos e fisiopatológicos, que muitas vezes interagem e se retroalimentam. Do ponto de vista da etiologia, as condições específicas que as geram podem ser classificadas esquematicamente em inflamação, estresse materno, déficit nas condições socio econômicas e vulnerabilidade de direitos, ação de disruptores endócrinos, alterações da dieta e da microbiota e afecções vasculares. Estas condições, agindo de forma isolada ou mais frequentemente combinada, geram um ambiente materno desfavorável para o desenvolvimento da gravidez provocando efeitos específicos como a reação imune materna, mediada ou não pela presença de infecções, a ativação do eixo hipotálamo - hipófiso - adrenal, a diminuição da ação da progesterona, as disbioses, tanto intestinais como vaginais e a disfunção por envelhecimento placentário. Esse ambiente desfavorável impactará na unidade útero-placento-fetal, produzindo PP ou RCIU, de acordo com a preferência de diferentes respostas. Independentemente de qual das respostas sindromáticas predomine, ambos PP e RCIU, têm em comum o desenvolvimento do feno-genótipo poupador, imprescindível para a sobrevida fetal. O custo desta modulação epigenética é o aumento das doenças crônicas do adulto, que conceitualmente, são patologias transmissíveis pela vulnerabilidade social na qual o ciclo de vida dessas pessoas se desenvolve.

Palavras-chave : Retardo do crecimento fetal; Nascimento prematuro; Doenças crônicas; Epigenômica.

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