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Revista Médica del Uruguay
versão impressa ISSN 0303-3295versão On-line ISSN 1688-0390
Resumo
MALVASIO, Silvina et al. Características clínico-patológicas y evolución del cáncer de mama en mujeres uruguayas jóvenes. Rev. Méd. Urug. [online]. 2017, vol.33, n.2, pp.17-39. ISSN 0303-3295.
Introdução:
no Uruguai o câncer de mama (CM) é a principal causa de morte das mulheres por este tipo de patologia. Aproximadamente 5,4% dos casos são diagnosticados em mulheres com menos de 40 anos, ou seja, mulheres em idade reprodutiva e economicamente ativas.
Objetivo:
pesquisar a frequência, características clínico-patológicas e evolução de pacientes uruguaias diagnosticadas com CM antes dos 40 anos e sua sobrevida de acordo com o subtipo biológico.
Material e método:
foram coletados dados relacionados com as características clínico-patológicas e a evolução de pacientes com menos de 40 anos tratadas por CM no período 1º de janeiro de 2006 - 31 de dezembro de 2012 atendidas nas instituições participantes. A sobrevida global (SVG) e a sobrevida livre de doença (SVLE) foi calculada para todas as pacientes, e segundo o subtipo biológico.
Resultados:
107 pacientes foram incluídas com idade mediana 35 anos (intervalo 24 a 39 anos); as características clínico-patológicas foram: carcinoma ductal: 89,7%; GH 2-3: 93,5%; estadio: II-III: 75%; comprometimento axilar: 57%; HER2- RE/RP+ 53%; HER2+ 24,5%, e triplo negativo (TN) 22,5%. 17% das pacientes apresentavam antecedentes familiares (AF) significativos e todas foram tratadas observando-se as pautas vigentes. A SVG e a SVLE aos cinco anos para o total de pacientes foram 79% e 72%, respectivamente. A SVG e a SVLE foram 97% e 90%, respectivamente, para as pacientes ER/PR+/HER2-; 54% e 49% para as HER2+, e 60% e 20% para as TN. As curvas de SVLE foram similares para as pacientes TN e HER2+, porém as pacientes ER/PR+/HER2- apresentaram SVG e SVLE maiores (Log Rank, p < 0,0001).
Conclusões:
as pacientes uruguaias diagnosticadas com CM antes dos 40 anos incluídas neste estudo apresentaram SVG e SVLE menores às registradas para pacientes da população em geral e com idades superiores. Embora a pior evolução esteja vinculada ao diagnóstico tardio, a maioria das pacientes estudadas foi diagnosticada em estádios localizados e todas receberam tratamento de acordo com as pautas vigentes. Por outra lado, a proporção de subtipos desfavoráveis (TN y HER2+) foi maior ao informado para mulheres de todas as idades com CM, por isso uma pior evolução poderia estar relacionada com o perfil biológico.
Palavras-chave : Neoplasias da mama; Mulheres jovem; Sobrevida.