Resumo

CHOUHY ALGORTA, Pablo. Práticas psicológicas no ambiente escolar e sua relação com o consumo de drogas psicotrópicas na infância. Psicol. Conoc. Soc. [online]. 2019, vol.9, n.1, pp.66-83.  Epub 01-Jun-2019. ISSN 1688-7026.  https://doi.org/10.26864/pcs.v9.n1.8.

Este artigo tem como objetivo destacar alguns resultados da pesquisa "Práticas psicológicas no ambiente escolar diante do fenômeno da medicalização da infância". Esta pesquisa teve como objetivo realizar o trabalho analítico em desenvolvimentos conceituais em torno do fenômeno da medicalização das subjetividades das crianças contemporâneas, bem como em alguns estudos sobre práticas "psi" enquadradas no que Michel Foucault denominou "governamentalidade" (Foucault, 2006).

A pesquisa realizada foi qualitativa e o método norteador da análise e abordagem ao campo foi a Teoría Fundamentada nos Dados. Da mesma forma, a técnica privilegiada para coleta de dados foi a entrevista em profundidade, entrevistando psicólogos que atuavam no ambiente escolar na cidade de Montevidéu e na região metropolitana; tanto nos subsistemas públicos como privados.

Este artigo destaca os resultados ligados ao estritamente farmacológico.

Os psicólogos do campo educacional visualizam tendências para oferecer uma resposta baseada no farmacológico dentro do sistema educativo, encarnadas em alguns professores. Como resultado, eles realizam uma série de ações que trabalham com estas tendências ao longo dos sentidos e lógica desse fenômeno, a fim de fazer com que a instituição escolar dê uma resposta mais assertiva. Eles mantêm preocupações sobre o abuso de drogas psicoativas na infância, mas tentam não ter uma posição moral diante da possibilidade de usar tais drogas. Entende-se que eles realizam uma "psicologização" (Rose, 1996) do problema, que colide com as perspectivas mais tributárias das neurociências.

Palavras-chave : Psicofármacos; práticas psicológicas; governamentalidade.

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