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Revista Uruguaya de Antropología y Etnografía

Print version ISSN 2393-7068On-line version ISSN 2393-6886

Rev. urug. Antropología y Etnografía vol.6 no.1 Montevideo June 2021  Epub June 01, 2021

https://doi.org/10.29112/ruae.v6.n1.1 

Articles

Editorial

Sonnia Romero Gorski1  , Editora, Editora, Editora

1Editora. Instituto de Antropología - FHCE, Montevideo


Em dezembro do ano passado, 2020, havia concebido e escrito o Editorial do vol 2 daquela data como uma despedida do cargo de Editor da Revista Uruguaia de Antropologia e Etnografia. Evoquei assim não só o tempo decorrido, os acontecimentos e os múltiplos suportes que possibilitaram um longo caminho na tarefa autoimposta de "dar existência e continuidade à publicação no Uruguai de uma revista acadêmica de antropologia", na minha própria expressão.

Sabe-se, mas talvez não seja exagero, revisar a história, que primeiro tratei do Anuário de Antropologia Social e Cultural do Uruguai, entre 2000 e 2015. A pedido dos parâmetros exigidos pelo portal Scielo Uruguai, a publicação teve ser transformada em revista semestral e digital. Desde 2016 passou a se chamar Revista Uruguaia de Antropologia e Etnografia, RUAE, incorporada não só na Scielo Uruguai, mas também no Latindex, DOAJ, entre outros. De 2016 até hoje, a publicação digital em formato OJS foi concluída, assim como a versão completa em PDF continuou a ser publicada por cortesia do site UNESCO-Montevidéu.

Agora é importante destacar que um dos principais parâmetros para se manter no pódio das revistas acadêmicas do país (e na relação profissional com a Scielo Brasil que abre as portas da Web of Science), é a periodicidade, o respeito pontual no compromisso de entrega da publicação para que "suba" aos locais previstos.

É por isso que estou atualmente, no primeiro semestre de 2021, editando o primeiro volume do ano, uma vez que não foi possível em curto prazo concluir a organização do revezamento para o trabalho de gestão e editorial da RUAE. Essa situação mudará no segundo semestre de 2021, quando uma nova equipe estiver no comando e em pleno funcionamento

De minha parte, estou satisfeita por ter chegado a este ponto final em que posso ver o crescimento da publicação e sua continuidade garantida.

Como sempre fiz e com mais razão nesta despedida formal, devo agradecer a pluralidade de apoios e o trabalho incorporado, em cada edição, em cada volume semestral.

Quero lembrar com muito reconhecimento para: autores, avaliadores, tradutores; também a agência cultural e os artistas que a cada ano nos permitiram compor capas de alta qualidade. Grande trabalho do nosso diagramador profissional, que manteve o estilo cuidadoso da publicação; agradeço à equipe de colaboradores que apoiaram o trabalho de edição, em múltiplos pormenores, ao assistente de edição que se encarregou de preparar a versão digital, agradeço também a todos aqueles que realizam o trabalho especializado do procedimento denominado markup para que a revista possa ser disponibilizada na plataforma Scielo, ao corretor de normas bibliográficas, à equipe Scielo Uruguai, à equipe AURA (Associação Uruguaia de Revistas Acadêmicas) com quem gerenciamos a numeração DOI e o programa anti-plágio Crossref, à equipe LATINDEX que em 2020 deu-nos a qualificação para entrar no catálogo 2.0, às autoridades e os responsáveis d​o site da Unesco, ao espaço do site da Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación, gerido pelo departamento de publicações da FHCE.

Nesta síntese de despedida ressalto mais uma vez (como fiz na despedida de dezembro de 2020) a importância do apoio real e simbólico que tivemos de conhecidos colegas, nacionais e estrangeiros, que se comprometeram a apoiar a publicação anual primeiro, integrados no Conselho Editorial desde 2010, depois no Conselho Editorial da RUAE, colegas que deram o apoio acadêmico que todas as publicações científicas exigem, professores e colegas da Argentina, Brasil, Estados Unidos, França, Itália e Uruguai, tanto serviços universitários públicos quanto privados, e representação do programa MOST da Unesco.

A este respeito, consultei Scielo Uruguai sobre a pertinência de manter ou não o Conselho Editorial para este número de transição, e a resposta foi que os dados que foram estabelecidos junto com minha responsabilidade como Editor da RUAE devem ser respeitados, ou seja, de 2016 até hoje. Omitiremos apenas o nome do Professor Alberto Sobrero da Universidade La Sapienza de Roma, devido ao seu falecimento em fevereiro de 2021. Devido ao significativo intercâmbio acadêmico, os vínculos que manteve A. Sobrero com o Uruguai, com a FHCE, com o Anuário e posteriormente com a RUAE, se tornou material de interesse para a criação do Dossiê que aparece nesta edição.

Em 2019, foi constituída uma Comissão Editorial Executiva, que tem a função de propor mudanças nas responsabilidades editoriais e nas decisões que garantam a continuidade da publicação a partir do segundo semestre de 2021.

Chegamos aqui com tranquilidade e confiança, apostando que a RUAE segue numa linha de crescimento, de intercâmbios acadêmicos de alto nível, com vocação para ir longe sem perder o pé no espaço local, capturando o tempo incorporado, aprofundando a tensão das narrativas científicas, relevantes e atualizadas.

TEMA DA CONVOCACAO, 2021

O normal e o anormal… Normatividades em controvérsia

    As citações na seção de Hampaté Bâ e M. Merleau-Ponty, um estudioso nascido em Mali e filósofo francês, respectivamente, lembram a complexidade que aprendemos a levar em conta, do individual ao social, do visível ao oculto sugerido, simbolizado, perdurando ao longo de milênios. Por isso, inspiram e enriquecem a leitura e compreensão dos textos desta RUAE de janeiro a junho de 2021.

    Estudos e Ensaios

    Na Seção de Estudos e Ensaios encontram-se três textos que remetem a territórios específicos e a reflexões teóricas, tópicos e pesquisas atuais na continuidade e expansão dos interesses antropológicos. Temos o prazer de publicar nesta seção contribuições enviadas por colegas do México, Argentina e Uruguai:

    O primeiro texto trata de um caso de micro-economia em uma cidade do México, onde a questão dos empréstimos, dívidas interpessoais, foi institucionalizada de forma informal, mas firmemente organizada. “Del crédito nos sostenemos, porque de contando nomás no. Un caso etnográfico de la deuda en la costa de Nayarit, México,” por Lourdes Salazar, (Escuela Nacional de Antropologìa e Historia, México). A pesquisa nos leva a conhecer uma forma particular de resolver a falta de liquidez para pessoas que precisam migrar temporariamente para os Estados Unidos, carregam dinheiro para as despesas e deixam algo para a família, tudo até a cobrança do primeiro cheque, quando começam a pagar a “dívida de migração”. Outro tipo de “pequenas dívidas” são geradas localmente pelas mulheres para atender às necessidades e demandas de um relativo bem-estar familiar, como a compra de mudas de roupa e até o que elas chamam de “chucherías”. O sistema de empréstimo e crédito, resolvido sem passar por nenhuma instituição bancária, gera uma interessante rede social de solidariedade, consolidando pertenças na comunidade ao mesmo tempo que gera movimentos, mudanças de status. Na manutenção do equilíbrio, a palavra conta, o compromisso; honrar dívidas é uma questão de honra e também de proteção para as famílias.

    É antropologicamente relevante reconhecer o tratamento diferenciado que diferentes grupos e contextos sociais dão ao mesmo tema. Em outras situações ou latitudes, as dívidas têm sido a base para a instalação de verdadeiros regimes de opressão. Sem dúvida, os componentes socioculturais do caso etnográfico estudado marcam um caminho diferente de soluções, eles produziram diferentes regulamentações que são funcionais para a estabilidade da vida naquela cidade da costa de Nayarit, no México.

    Em seu artigo “Más allá de la dialéctica entre deterioro y gentrificación”, Eduardo Alvarez Pedrosian (Facultad de Información y Comunicación, Universidad de la República, Uruguay) faz passeios reflexivos por partes da cidade de Montevidéu, segundo vontade profissional de acompanhamento nas transformações urbanas ou na estagnação e decadência de edifícios. Em Montevidéu é impossível não se surpreender com os contrastes que, dependendo da economia ou das tendências, mudam rapidamente de foco. Áreas inteiras caem em desgraça ou surpreendentemente reaparecem ao interesse do mercado imobiliário e das pessoas. Movimentos de desejos que literalmente deslocam o capital público e privado, produzem descontinuidades no mapa da cidade. Essas mudanças chamadas de gentrificação, quando dão lugar a uma mudança no status social dos moradores, sem muita consideração pela localização dos ex-moradores, não são nem mesmo o único mal terrível. A feiúra (com maiúscula) também pode ameaçar a cidade, aliando-se a investimentos ambiciosos que em um terreno urbano escasso levantam projetos de qualidade duvidosa, mas com expectativa de rentabilidade. Nem mesmo a categorização do Patrimônio Histórico o coloca totalmente a salvo de promessas de investimentos em bairros, prédios, casas. Ao mesmo tempo a degradação ganha ruas centrais, como no bairro histórico, a “Ciudad Vieja” onde convivem tentativas de reabilitação urbana, com demolições, com restauros bem sucedidos e nas margens, algum plano de cooperativas habitacionais. Mas a verdade é que ali não foi recuperado o tecido social e trata-se de uma área praticamente descartada como local de habitação, apesar das suas excelentes infraestruturas, espaços com paisagens costeiras e portuárias. O autor destaca algumas tentativas de resgate, por parte das políticas urbanas do município, criando espaços públicos com melhorias e preocupação com os moradores comuns de Montevidéu, que lutam para manter sua dignidade urbana. Parece que faltaria uma visão interdisciplinar do todo, tratando a cidade como uma totalidade viva.

    A terceira obra da Seção de Estudos e Ensaios, “Arte rupestre, etnografía y memoria colectiva. El caso de Cueva de las Manos, Patagonia, Argentina” nos traz uma contribuição muito importante na interpretação das pinturas rupestres da Cueva de las Manos, sítio arqueológico da Patagônia, já reconhecido pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade. Patricia Schneier, Agustina Ponce e Carlos Aschero, de diferentes instituições universitárias argentinas, propuseram uma busca científica de chaves para interpretar as razões, opções que eram tomadas por antigos grupos da área. Quem estava por trás das figuras desenhadas nas paredes da caverna? Sucessivos ocupantes em um muito longo período entre 9.400 anos AP e 2.500 AP estavam deixando cenas de caça, animais, ao invés de grupos de guanacas grávidas, um grande disco que é interpretado como lua cheia e mãos em negativo. Mais de 800 mãos de adultos, mulheres, crianças. As maos pintadas reafirmam o que as pinturas "dizem"? Elas expressam comunhão coletiva, entre os vivos e os ancestrais? Fato significativo: as figuras e as mãos foram pintadas em tempos sucessivos e diferentes, mas os mais recentes não cobriam os anteriores. É um continuum no longo período, com notável permanência de motivos e materiais para colorir. Os autores buscaram depoimentos sobre memórias, vestígios de histórias de viajantes, de populações locais, especialmente do grupo Tehuelche, e aprimoraram a decifração de histórias míticas. Há um tema recorrente nos contos tradicionais, do Alasca ao mais profundo do sul: a filha do Sol e da Lua, desejada pelo herói mítico, há obstáculos a serem superados, animais que interagem com os humanos, lutam pelo fogo, um episódio de consumo canibal. Cómo juntar as peças de um quebra-cabeça muito vasto mas que se sabe ser "verdadeiro"?, visto que se refere ao que existe ou ao que é proibido, na verdade. Parte disso está nas paredes da Cueva de las Manos desde illo tempore, mas não há certeza de alcançar a verdadeira chave do todo. Isso me lembra o enigma de La carta robada de E. Alan Poe, escondida da vista de todos.

    Avanços de pesquisa

    Na seção Avanços de Pesquisa propomos três estudos que se aprofundam em complexidades que não são óbvias ou aparentes, discursos públicos subjacentes, locais de exibição e monitoramento virtual, sensibilidades e formas de estar presente durante o trabalho de campo. Os trabalhos foram propostos por colegas da Argentina, Costa Rica e Uruguai.

    O primeiro texto refere-se à Análisis discursivo de una carta abierta en torno de incendios en islas del Delta paranaense (año 2020). Francisco J. Preiti - da Universidad de Rosario, Argentina, leva uma "Carta Aberta ao Senhor Presidente Alberto Fernández" que foi divulgada após a ocorrência de incêndios nas Ilhas do Paraná, Província de Entre Ríos, Argentina, aplica uma análise do discurso, que o autor extraiu da Escola Francesa de Análise do Discurso. Isso lhe-permite compreender as implicações da configuração declarativa. Segundo o autor, a referida peça, objeto da análise, faz parte do corpus de uma análise muito mais exaustiva, pois na época havia uma massa de peças midiáticas, mobilizações, intervenções sociais. Todo o grupo se mobilizou em torno de um promovido “problema socio ambiental”. A CA foi carregada na internet para coletar assinaturas para a criação do "Parque Nacional del Gran Rosario, Manuel Belgrano" e foi contextualizado na celebração do 200º aniversário da morte do Gral. Belgrano. A estratégia discursiva, de dois autores, incluiu como suporte a evocação de um herói nacional, a classificação dos incêndios como parte de um empreendimento intencional de "outros", província contra província, denunciando o atentado a um bem comum como a Natureza e a Vida , tudo em uma construção ou apresentação do Sim ao lado da verdade diante de uma cena de conflito. Postulação de uma doxa graças a um terreno comum, ao simbolismo coletivo. Construção necessária de "outros" culpados ou cúmplices. Cumpre-se a intenção do autor de desnaturar lugares-comuns de um discurso polêmico, inscrito no campo das disputas políticas.

    Comprender la pornografía como proceso relacional a través de la transformación de quien investiga, foi o texto proposto por Natasha Alpizar Lobo (Escuela de Antropologìa, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad de Costa Rica). Baseia-se em grande parte em suas pesquisas realizadas entre 2012 e 2015 em um fórum online de discussão e exposição sobre o assunto. Lugar incomum para uma busca antropológica, que exigia muita coragem e estilo por parte da autora para se "posicionar" como observadora confessa e manter seu próprio código de ética que incluía a recusa em mostrar sua foto no fórum ou comunicações, recusa de apresentar a "sua pornografia" conforme solicitado pelos outros membros do fórum ou grupo WhatsApp. Em seu exercício de pesquisa, ele leva em consideração a distinção de Tim Ingold entre observação e etnografia. Para Ingold, a observação (participante) é uma prática de correspondência, enquanto a etnografia é uma prática de descrição. É neste jogo que a autora encontrará uma forma de configurar sua presença, sua metodologia durante a investigação. Descubriu um mundo a priori insuspeitado, cheio de regras, níveis de ação, formas classificatórias, enfim. Ela atinge uma posição de observação e registro, que não pode ser interpretada como uma prática voyeurística. Coloca em perspectiva a questão da "convivência" como condição do empreendimento etnográfico, abrindo-se a formas não menos reais de observação participante. Sem propor sua presença física, nem sua imagem. É um exercício innovador, pelo tema, pela abordagem.

    Campos em que algumas mulheres também estão experimentando, na antropologia do século XXI.

    O terceiro texto desta Seção, El jugueteo: erotismo y ética en mi trabajo etnográfico, de Yoseline González Cabrera, em certa medida coincide com o anterior na medida em que expressa uma ousadia por parte das jovens que se dirigem a temáticas pouco comuns no plano erótico-sexual, que não haviam sido representados na RUAE até agora. Nesse caso, a autora desenha o véu de sua própria experiência durante o trabalho de campo, quando vivenciou sentimentos contraditórios com a aceitação de um jogo de sedução erótica. O risco administrável a priori a levou a sinceras dúvidas, raiva, buscas. Algo que ela mesma parecia deslocada, mas que uma vez analisada, objetivada, permitiu-lhe descobrir uma realidade sutil além de si mesma e de sua circunstância específica de trabalho de campo para uma pesquisa curricular. No mundo da cozinha de um hospital, onde a autora investigou as relações de trabalho, descobriram-se as "brincadeiras" cotidianas, formas elementares de diversão erotizada que ligavam mulheres e homens nas horas de um trabalho bastante árduo, constituindo, assim, um motivo de contenção para cansaço, saciedade. Não se tratava de relações sexuais stricto sensu, mas de vínculos de pessoas que durante o expediente "inventaram" um hobby erotizado, mas de certa forma não ofensivo, embora mantivesse uma certa supremacia masculina, culturalmente difundida nos setores sociais de onde vem a mão de obra assalariada. A “brincadeira” erotizada pode ser interpretada, no contexto estudado, como mais uma expressão de companheirismo, algo sugerido pela autora. Uma observação etnográfica não é suficiente para prevenir toda a gama de situações e relações que podem se manifestar durante uma pesquisa de campo, um certo medo disciplinar permanece sempre subjacente em diferentes momentos e situações, um drama metodológico que ameaça a presença solitária do/da etnógrafo/a em seu campo.

    Dossiê

    Na Seção de Dossiê do primeiro semestre de 2021, seguimos a linha de propor obras ou instâncias que significassem participação, trocas, de ou para áreas de destaque, com um público adequado. É o caso do Dossiê dedicado a divulgar e relembrar o vínculo que o professor Alberto Sobrero mantinha com o Uruguai, as instâncias acadêmicas nas quais transmitia conhecimentos antropológicos e promoveu interações entre colegas, alunos de pós-graduação, da FHCE de Montevidéu, de La Sapienza em Roma, entre outros centros acadêmicos na Itália.

    O plano do Dossiê (submetido à aprovação da Professora Carla Maria Rita, de La Sapienza) inclui textos que remetem à "palavra dada" do Professor A. Sobrero nas aulas, ou em um prefácio a um livro inspirado nos vínculos acadêmicos Uruguai-Itália. Inclui colaborações de colegas antropólogos diretamente relacionados com A. Sobrero e que deram continuidade aos intercâmbios suscitados entre a FHCE, no Mestrado em Antropologia da Região de Cuenca del Plata, e atividades de graduação e pós-graduação em La Sapienza de Roma.

      Espaço aberto

      Nesta seção apresentamos, em formato breve, novidades, notícias da atividade acadêmica nacional e da região.

      Gregorio Tabakián enviou notas sobre sua experiência muito recente na Armênia e especialmente no território de Nagorno Karabakh, onde ocorreu uma disputa armada entre o final de 2020 e o início de 2021.

      O aspecto digno de nota é que G. Tabakián foi recrutado na qualidade de antropólogo (com a sensibilidade da ascendência armênia) para assessorar e acompanhar uma equipe uruguaia na filmagem de um documentário sobre o referido conflito armado. Eles viajaram em março de 2021. Constitui mais uma prova de colaboração e possível trabalho para antropólogos em conexão com produções audiovisuais. Na cena da antropología uruguaia conheciamos a trajetória de assessoria e atuação profissional de José Lopez Mazz e Dario Arce na área do audiovisual. Nesta ocasião, o lugar atribuído a G. Tabakián foi para aconselhamento antropológico à equipa de produção.

      Publicações de interesse para a antropologia nacional, Laura M. Alvarez pesquisadora uruguaia com sede em Oslo, Noruega. Com inspiração antropológica, numa busca etnomusicológica, realizou pesquisas em uma zona rural do Senegal, coletando histórias e produção musical de Trovadoras africanas: guardianas de la tradición, 2020, 2020, Perro Andaluz, Ediciones, Montevidéu.

      Em dezembro de 2020, o livro foi apresentado em TRIBU, Montevideo, com a presença da autora.

      Eduardo Alvarez Pedrosian, antropólogo uruguaio com larga experiência em estudos, que publicou, sobre a cidade genérica e sobre Montevidéu, nos enviou sua última obra Filigranas. Para una teoría del habitar, 2021, Bibliotecaplural, Montevidéu. O livro ainda não pôde ser apresentado em um evento presencial. Espera-se que a situação de crise sanitaria melhore.

      Sonnia Romero Gorski
      Editora Instituto de Antropología - FHCE Montevideo, mayo 2021

      Agradecimentos por este vol 1 2021

      Agradecemos as contribuições, os envios dos autores e a colaboração desinteressada dos/as avaliadores/as.

      Até à data, mantivemos a determinação de dar conta de uma comunicação entre o conteúdo da publicação e as obras plásticas de artistas nacionais.

      Simbolizando o encerramento de um ciclo de vinculação, neste volume 1 de 2021 a capa é composta com o conjunto de obras que foram cedidadas para a RUAE por Claudia Anselmi, Fernando López Lage, Alfredo Ghierra, Gerardo Mantero, Carmela Piñon Cadenazzi.

      Devemos agradecer a gestão artística que Macarena Montañez desempenhou ao longo do período, do empreendimento artístico Pozo de agua e a sempre cuidadosa diagramação de Javier Fraga. Agradecemos à Unesco-Montevidéu pela publicação do PDF completo da RUAE no site do Programa MOST.

      A RUAE se completa graças ao trabalho profissional de Javier Fraga na diagramação, à revisão bibliográfica de Analaura Collazo, da qual Inti Clavijo também colaborou. Agradecemos também o processo de preparação dos arquivos para Scielo Uruguai por Gabriela Motta, e por Gerardo Ribero para a publicação digital em formato OJS

      NOTA: Como sempre, a RUAE convocou a apresentação de resenhas de teses já defendidas no âmbito do Programa de Pós-Graduação FHCE, Doutorado em Antropologia e Mestrado em Antropologia da Região de Cuenca del Plata. A este propósito, consultámos a Unidade de Pós-Graduação da FHCE, a qual nos informou que no decurso deste ano de 2021 até à data, não foram registadas teses defendidas

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