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Agrociencia (Uruguay)

versión impresa ISSN 1510-0839versión On-line ISSN 2301-1548

Agrociencia Uruguay vol.13 no.2 Montevideo jun. 2009

 

Biodiversidade de insetos em Pequizeiro (Caryocar brasiliense, Camb.) no cerrado do Estado de Goiás, Brasil


Ferreira, G. A.1; da Rocha Santos Veloso, V. 1; Veloso Naves, R.1; do Nascimento, J. L.1; Chaves, L. J.1


1Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos da Universidade Federal de Goiás Goiânia, Goiás, Brasil.

Correio electrónico: gislene.ferreira@yahoo.com.br


Recibido: 16/4/08 Aceptado: 26/10/09


Resumo

O pequizeiro é considerado uma planta típica do Cerrado do Brasil Central, predominando sobre as outras no ambiente, com elevada importância para a economia goiana. O objetivo deste trabalho foi estudar a biodiversidade da entomofauna presente nas plantas do pequizeiro em dezesseis populações do Estado de Goiás. Foram avaliadas 313 plantas de pequizeiro, através de visitas com vistoria do terço inferior da planta. Os insetos foram capturados em partes vegetais, com auxílio de rede entomológica ou obtidos no laboratório. O comportamento dos insetos visitantes foi registrado através de observações, descrição e criação em laboratório de algumas espécies com elevada população a campo. Também, foram anotados dados referentes à ocorrência, local de ataque e oviposição e tipo de sintomas. As espécies de insetos com as porcentagens de ocorrência registrados nas diferentes populações de plantas de pequizeiro pertenciam às ordens, respectivamente: Hemiptera (25,64 %), Coleoptera (17,95 %), Lepidoptera (16,67 %), Hymenoptera (15,39 %), Diptera (11,54 %), Orthoptera (6,41 %), Neuroptera (2,56 %), Isoptera (1,28 %), Thysanoptera (1,28 %), Psicoptera (1,28 %). As espécies encontradas com maior freqüência nas dezesseis populações de pequizeiro foram: Eulechriops sp. (100 %), Edessa rufomarginata (100 %), Rhodoneura intermedia (100 %), Atta laevigatta (100 %), Eunica bechina (93,75 %), Lyriomisia sp. (93,75 %) e Phydotricha erigens (81,75 %). As espécies Thagona tibiali, A. laevigatta, R. intermedia, Carmenta sp., E. rufomarginata e E. bechina podem ser consideradas potenciais pragas do pequizeiro no Cerrado do Estado de Goiás, devido aos danos causados as plantas. Estudos posteriores são necessários para entender a dinâmica de populações destes insetos e suas relações com o hospedeiro nas diferentes eco-regiões do Cerrado goiano.


Palavras chave: biodiversidade, Brasil-Central, Insecta, frutífera nativa, pequi



Summary

Biodiversity of insect in Pequizeiro (Caryocar brasiliense, Camb.) at cerrado of Goiás State, Brazil



The pequizeiro is considered a typical plant of Cerrado of the Brazilian Middle West, predominating on others in the environment, with elevated importance for the economy from Goiás. The objective of this research was to study the entomofauna occurrence, in pequizeiro plants of sixteen populations of Goiás State. There were evaluated 313 pequizeiro plants, through inspection of third part of the base of the plants. The insects were captured from parts of the plants, using entomologic net or through the laboratory. The behavior of the insects visitors was registered through observations, description and creation in laboratory of some species with high population to field. Also, data were logged according to the occurrence, place of attack or oviposition and type of symptoms. The Open pasture of the state of Goiás possesses rich entomofauna associated to the pequizeiro. The captured species and their respective occurrence percentage belong to the following orders: Hemiptera (25.64 %), Coleoptera (17.95 %), Lepidoptera (16.67 %), Hymenoptera (15.39 %), Diptera (11.54 %), Orthoptera (6.41 %), Neuroptera (2.56 %), Isoptera (1.28 %), Thysanoptera (1.28 %), Psicoptera (1.28 %). The species with the highest frequency in all the populations of pequizeiro were: Eulechriops sp. (100 %), Atta laevigatta (100 %), Eunica bechina (93.75 %), Lyriomisia sp. (93.75 %), Edessa rufomarginata (100 %), Rhodoneura intermedia (100 %) and Phydotricha sp. (81.25 %). The species Thagona tibiali, A. laevigatta, R. intermedia, Carmenta sp. e E. rufomarginata can be considered potential plague of pequizeiro at Cerrados of Goias State. Further studies are necessary to understand the population dynamic of these insects and their relations with the host from different eco-regions of Goiás cerrados.


Key words: biodiversity, Insecta, Midle-Western Brazil, native fruit plant, pequi



Introdução

O Cerrado brasileiro constitui o segundo maior domínio morfoclimático do Brasil e da América do Sul, abrigando um rico patrimônio de recursos naturais renováveis adaptados às condições climáticas, edáficas e hídricas que determinam sua própria existência (Dias, 1992). Os frutos nativos do Cerrado constituem uma importante opção de renda, alimento e emprego para as populações tradicionais. O aproveitamento econômico das plantas nativas como fonte promissora de recursos para o meio rural tem sido registrado em estudos como os de Naves (1999), Vera et al. (2005), Santana e Naves (2003), Rosa (2004).

O pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.) é uma espécie típica do Cerrado do Centro-Oeste brasileiro, predominando sobre as outras no ambiente Cerrado do Estado de Goiás, podendo variar de 15 a 180 individuos/ha, com elevada importância para a economia goiana (Naves, 1999; Santana e Naves, 2003).

No Estado de Goiás a produção de frutos do pequizeiro é baixa e irregular e a maioria das plantas sofre intenso ataque por insetos que causam danos aos troncos, folhas, flores e frutos, limitando e comprometendo sua produção (Rosa, 2004; Garcia, 1995).

A diversidade existente entre a interação inseto/planta e diferentes insetos como formigas forrageadoras, pulgões, lagartas, galhadores, entre outros, em plantas de pequizeiro foram estudadas por Oliveira & Freitas (1991), Freitas e Oliveira (1992) e Oliveira e Freitas (2004). Um grande número de insetos associados ao pequizeiro no Norte e Sul de Minas Gerais, Estados de Goiás e Mato Grosso do Sul, em diversas partes da planta foram levantados por Barradas (1972); Garcia (1995); Uchoa-Fernandes et al. (2002); Lopes et al. (2003); Fernandes et al. (2004) e Leite et al. (2006).

Os trabalhos voltados para a entomofauna dos cerrados, com vistas à ocorrência, descrição de danos e comportamento, principalmente aqueles associados às frutíferas nativas, são poucos ou inexistentes. O presente estudo teve como objetivo estudar a biodiversidade da entomofauna em plantas de pequizeiro em dezesseis populações do Estado de Goiás.


Material e métodos

O estudo foi realizado em dezesseis populações de pequizeiro pertencentes a quatorze municípios do Estado de Goiás (Tabela 1), no período de agosto de 2004 a dezembro de 2006. Na população localizada em Goiânia as observações foram realizadas na área experimental da Escola de Agronomia e Engenharia de Alimentos, da Universidade Federal de Goiás (EA/UFG), em plantas pertencentes à coleção ex situ de frutíferas nativas do cerrado. Nas demais populações os levantamentos foram realizados em propriedades particulares, em ambientes desiguais, com plantas sob diferentes graus de antropização.

As avaliações foram realizadas em 223 plantas de pequizeiro, por quatro vezes no período de três anos, sendo analisadas no período reprodutivo, isto é, quando as plantas encontravam-se com flores e, ou, frutos. Em cada população analisava-se 15 plantas. Na EA/UFG, foram avaliadas 90 plantas, durante 26 meses com visitas e coletas semanais. A presença dos insetos nas diferentes populações foi registrada, com vistoria da parte terço inferior da planta. Em campo foi registrado o comportamento dos insetos visitantes através de observações e descrição com relação: ocorrência, local de ataque ou nidificação e tipo de sintomas e criação em laboratório de algumas espécies com elevada população a campo.

Os insetos foram coletados diretamente nas partes da planta, ou com auxilio de rede entomológica e conduzidos ao Laboratório de Entomologia da EA/UFG para montagem e identificação taxonômica. Partes das plantas atacadas e frutos maduros infestados com larvas e/ou com sintomas de ataque de insetos foram colhidos aleatoriamente. No laboratório, os frutos foram acondicionados em caixas de polipropileno (70 x 40 x 20 cm) contendo em seu fundo, uma camada de 4 cm de espessura de areia peneirada, autoclavada e umedecida. As caixas foram cobertas com tecido tipo «voil», preso pelas bordas com uma liga de borracha, revestindo externamente as laterais da caixa. A retirada das pupas foi realizada semanalmente peneirando-se a areia. Em seguida, estas foram colocadas em placas de Petri com fundo recoberto por papel de filtro mantido sempre umedecido. Este procedimento foi repetido até a total decomposição dos frutos.

As moscas da família Lonchaeidae foram identificadas usando-se chaves e descrições publicadas por McAlpine e Steyskal (1982). Outros insetos foram identificados através de comparações com outros exemplares ou com auxílio de chaves de classificação especifica e descrições taxonômicas.

Os insetos não identificados no Laboratório de Entomologia da EA/UFG (UFG) foram encaminhados ao Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), Departamento de Zoologia da Universidade Federal do Paraná (UFP), Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília (UnB) e Departamento de Biologia da Universidade Federal do Pará (UFPA), para identificação específica. Os exemplares dos espécimes foram depositados nas entidades de origem dos pesquisadores e no Setor de Fitossanidade da EA/UFG, Goiânia, GO.

O comportamento dos insetos visitantes foi registrado através de observações, descrição e criação em laboratório de algumas espécies de importância agronômica. Também, foram anotados dados referentes à ocorrência, local de ataque ou nidificação e tipo de sintomas.


Resultados e discussão

Foram obtidas 194 espécimes de insetos utilizando o pequizeiro como sitio de abrigo e/ou como alimento. A porcentagem relativa de ocorrência das famílias por ordem foi: Hemiptera (25,64 %), Coleoptera (17,95 %), Lepidoptera (16,67 %), Hymenoptera (15,39 %), Diptera (11,54 %), Orthoptera (6,41 %), Neuroptera (2,56 %), Isoptera (1,28 %), Thysanoptera (1,28 %), Psicoptera (1,28 %) (Tabela 2).

O número de insetos encontrados nessa pesquisa está muito aquém do que acreditamos utilizar o pequizeiro como recurso alimentar ou abrigo. As espécies obtidas atacando as plantas do pequizeiro encontravam-se nas hastes, folhas, brotações, troncos, flores e frutos, não sendo possível estudo das pragas das raízes e troncos. Este fato pode ser explicado devido ao fato das pesquisas realizadas nas áreas naturais concentrarem-se em um reduzido período do ano, pois grande parte das populações de pequizeiros do Estado de Goiás encontram-se em ambiente antropizado.

Ordem Hemiptera: Foram identificadas 56 espécies de insetos em plantas de pequizeiro em 20 famílias (Tabelas 2 e 3). As espécies mais freqüentes foram Edessa rufomarginata, Aethalion reticulatum, Ramedia juncta e Enchenopa sp.2.

As variações morfológicas e caracterização do grupo E. rufomarginata foram estudadas por Silva et al., (2006). Ninfas desta espécie são repelidas pelas formigas forrageadoras para proteger a planta da herbivoria (Oliveira e Freitas, 2004).

Foi observado ninfas e adultos de E. rufomarginata com seu aparelho bucal perfuram as brotações vegetativas e produtivas do pequizeiro desde botões florais até o fruto ocasionando manchas com seca dos pedúnculos e queda de frutos. Estes insetos foram observados acasalando nas plantas e realizando sua ovipostura em grupo. Oliveira e Freitas (1991) e Freitas e Oliveira (1992) decrevem que os sintomas de ataque são exudação de seiva e escurecimento da parte lesada. No Norte de Minas Gerais os percevejos estão presentes durante todo o período de floração do pequizeiro. Teixeira et al., 2003 registraram uma modificação expressiva no ecossistema com decorrentes danos à safra de pequi pela ação direta do inseto.

Entre os insetos da Família Orthezidae a espécie Orthezia praelonga, foi encontrada na maioria das populações estudadas. No pequizeiro, a espécies tem preferência pela face abaxial da folha.

Entre os Diaspididae, destacou-se a cochonilha-branca, Aulacaspis tubercularis, considerada praga chave na cultura da manga e encontrada com freqüência no pequizeiro. Essa espécie foi freqüente nas populações de Formoso de Goiás, Araguapaz I e II, Goiânia, Estrela do Norte, Mutunópolis e Faina (Tabela 3).

Das cigarrinhas observadas, as espécies Aethalion reticulatum; Enchenopa sp. e R. juncta foram as mais freqüentes e suas presenças foram registradas em cinco populações (Tabela 3). Esses insetos são sugadores e têm o hábito de infestação em colônias sobre os ramos do ano, provocando hipertrofiamentos das brotações e queda de frutos. Segundo Cunha et al. (1993), colocam seus ovos nos pedúnculos frutíferos e hastes da planta, envolvendo-as com espessa secreção. As cigarrinhas são acompanhadas pelas formigas doceiras que as protegem, determinando uma relação simbiótica interespecífica.

O gênero Enchenopa (Membracidae), é abundante e polífago. Estes insetos têm o hábito de apresentar o cuidado maternal com sua prole e geralmente são encontrados agregados, principalmente no estágio de ninfa. Espécies deste gênero foram observadas atacando ramos novos do pequizeiro em altas populações.

Os pulgões Aphis gossypii, foram observados sugando os pequizeiros adultos na fase abaxial das folhas recém emitidas causando o encurvamento das mesmas. De acordo com Pereira et al. (2002) e Leite et al. (2006) os pulgões foram os insetos mais abundantes em mudas de pequizeiro em viveiro, necessitando de medidas de controle.

Ordem Coleoptera: Foram obtidas 53 espécies de coleópteros de 14 famílias (Tabelas 2 e 4). A espécie Naupactus lar foi a mais freqüênte nas populações de Iporá I, Ipora II e Caldas Novas. Na população de Iporá I a presença deste inseto foi expressiva no mês de novembro, ocorrendo em 80 % das plantas. Estes insetos foram encontrados no Cerrado goiano geralmente copulando e alimentando-se das folhas do pequizeiro causando redução da área foliar, prejudicando com isto a fotossíntese da planta. O reflexo da redução da área foliar, causada pelos insetos sobre a planta, pode ser influenciado pelo estagio da planta em que ocorre o ataque. As larvas dos insetos deste gênero alimentam-se das raízes das plantas causando danos consideráveis. Sugerindo a necessidade de estudos biológicos e comportamentais destes insetos nas raízes do pequizeiro, visando fornecer subsídios para manejo integrado nos sistemas agrícolas.

Outros coleópteros como o Copturos sp., Plaumannita sp., Lystronychus metallipennis ocorreram em todas as populações durante todo o período de estudo, no entanto, com baixa população. Pinheiro et al. (1998) compararam a comunidade local de Coleoptera em Cerrado e relataram elevada diversidade deste grupo de insetos, verificando que as comunidades nas diferentes fitofisionomias desse bioma não estão homogeneamente distribuídas.

Insetos das Famílias Antribidae e Bruchidae foram obtidos atacando sementes de pequizeiro e inviabilizado-as.

Ordem Hymenoptera: Os Hymenoptera representaram 15,39 % das famílias coletadas (Tabela 2 e 5). Dentre os himenópteros da família Formicidae a espécie Atta laevigata foi a única espécie identificada nas dezesseis populações levantadas nesse trabalho, com maior freqüência nas regiões Sul/Sudeste, Norte e Oeste do Estado de Goiás (Tabela 5).

Tabela 6

 

Formicidae é um táxon abundante no solo e largamente distribuído em todos os estratos da vegetação do Cerrado, sendo o grupo de insetos mais importante deste bioma no que se refere ao número de indivíduos e impacto ecológico (Silva, 1999; Silvestre, 2000).

Foi observado que no pequizeiro, A. leavigata cortam e transportam fragmentos vegetais como folhas e flores para seus ninhos subterrâneos. Foram registradas populações de pequizeiros totalmente desfolhados decorrente do ataque de formigas. Nas populações estudadas o ataque do inseto provocou desfolhas, com posterior, superbrotações com folhas menores e amareladas. Como neste estudo as formigas preferiram cortar folhas novas, a reincidência aconteceu naturalmente nas mesmas plantas com superbrotações acentuadas. Essa herbivoria de folhas e flores no pequizeiro observada nesse estudo pode reduzir o potencial da produção do pequizeiro.

É muito freqüente encontrar no Cerrado goiano araras alimentando-se das amêndoas ou sementes do pequi. Essas aves retiram o exocarpo e mesocarpo dos frutos descartando-os posteriormente. As formigas cortam e trituram o material descartado pelas araras, também, retiram a polpa dos frutos após sua queda, deixando apenas o endocarpo, e carregam essas partículas acumulando-os nas panelas do formigueiro, que servem de meio de cultura ao fungo que é o seu alimento.

A formiga A. leavigata no pequizeiro atacam os botões florais e flores onde cortam o pedúnculo eliminando a possibilidade de desenvolvimento dos frutos. Barradas (1972) registrou no Estado de São Paulo formigas cortadeiras atacando botões florais, flores e frutos de pequi e considerou um dos fatores responsáveis pela redução da produção do pequizeiro naquela região.

Nas populações de Orizona, Caldas Novas e Alvorada do Norte, as saúvas-cabeça-de-vidro apresentaram os mesmos comportamentos daquelas relatados pelo autor. Observou-se ainda, nesta pesquisa, formigas retirando a casca: epicarpio e o mesocarpio, eliminando assim a parte comestível do fruto, inviabilizando-o para o comércio. Verificou-se também, formigas carregando caroços de pequi para dentro do formigueiro, contribuindo assim com a dispersão do fruto.

Pereira et al. (2002) e Lopes et al (2006) relataram em seus trabalhos formigas cortadeiras atacando mudas de pequi em viveiro e plantas jovens e consideraram as mesmas pragas de importância agrícola, ressaltando a necessidade de controle.

As formigas forrageadoras identificadas foram as espécies Camponotus sp., Cephalotes sp., Pachycondyla villosa, Pseudomyrmex sp., Tapinoma sp. e Zacryptocerus sp. Um elevado número de formigas forrageadoras interagindo com a planta do pequizeiro e com outros insetos como as cigarrinhas, os pulgões, cochonilhas e percevejos foram registrados. Oliveira e Brandão (1991) estudando os nectários extraflorais em plantas de pequizeiro no Estado de São Paulo verificaram interação de mutualismo entre as formigas forrageadoras e os hemípteros. As formigas podem afetar significamente os níveis de infestação provocados por outros insetos, pois atacam e removem a maioria dos insetos herbívoros, principalmente se próximas aos nectários extraflorais.

As formigas forrageadoras quando encontram em plantas de pequizeiro lagartas do gênero Eunica (Nynphalidae) alimentando-se de folhas, podem remover as larvas das plantas e estabelecem território.

Os himenópteros galhadores estudados e seus associados pertenciam às famílias Eurytomidae, Eulophidae e Torymidae. Os Eurytomidae foram predominantes nos levantamento efetuados.

A fauna de insetos galhadores no Cerrado é uma das mais ricas do mundo e estão geralmente associadas às plantas esclerofilas, apresentando folhas com alto conteúdo de compostos fenólicos e baixo teor de nutrientes (Fernandes e Price, 1991).

Os insetos galhadores são diminutos, frágeis e estão pouco representados nas coleções do país, sendo uma fauna pouco estudada, dificultando assim a identificação do grupo. Estes apresentam hábito séssil de fácil visualização, abundância, e especificidade de hospedeiro.

Dentre as 223 plantas de pequizeiro estudadas 15 encontrava-se com ninhos de abelhas da Família Apidae em seus troncos, variando de um a três ninhos por planta. As espécies Frieseomielitta varia, Oxytrigona tataira, Paratrigona subnuda, Scaptrotrigona sp., Tetragonisca angustula constõem seus ninhos nos troncos das árvores de pequizeiro.

Trigona spinips, abelha-irapuá, é praga de culturas como citros, manga e maracujá, destruindo as folhas, ataca ramos novos flores e frutos prejudicando o desenvolvimento das brotações e provocando a queda prematura de flores e frutos (Cunha et al., 1993). Essa espécie foi observada neste trabalho pilhando néctar de flores do pequizeiro.

As espécies Tetragona sp. e Trigona branneri foram constatadas nas populações de Paraúna e Formoso, respectivamente, associadas com membracideos da espécie R. juncta. nos pedúnculos das flores e frutos das plantas. As abelhas encontravam alimentando-se da seiva expelida pelos membracideos. Na população de Formoso, a presença de T. branneri também estava associada com as formigas forrageadoras.

Ordem Lepidoptera: Os insetos da ordem Lepidoptera representaram 16,67 % das famílias coletadas (Tabela 2 e 7), totalizando 24 espécies associadas ao pequizeiro. Nessa ordem de insetos, as espécies Eunica bechina (Nynphalidae), Dirphia rosacordis (Saturniidae), Thagona tibialis (Lymantriidae), Rhodoneura intermedia (Thyrididae), Carmenta sp (Sesiidae), foram destacadas ou pela elevada população ocorrente, ou pela presença freqüente durante todo ano e, ou, pelo dano provocado nas plantas.

E. bechina ocorreu durante todo o ano, apresentando picos populacionais no período de emissão de folhas do pequizeiro. Essa espécie alimenta-se de folíolos e folhas tenras, onde oviposita um ovo por vez, de cor amarela. As lagartas ao eclodirem constroem uma estrutura de até 1,0cm, feita de excrementos nas bordas das folhas que também foi observada por Marshall (1999). De acordo com o mesmo autor, tanto lagartas quanto pupas apresentaram diferenças de coloração entre preta e marrom claro.

Oliveira e Freitas (2004) no Estado de São Paulo, descreveram a interação entre lagartas e formigas forrageadora, em que as larvas de E. bechina produzem um fio de seda e caem das folhas, ficando suspensa, quando são atacadas pelas formigas forrageadoras. Esta estrutura funciona como mecanismo de defesa, sendo utilizada até o terceiro instar como forma de abrigo contra os predadores, essa interação também foi observada na população da EA/UFG.

Da família Saturnidae foram coletadas as espécies Eacles imperiales magnifica, Citheronia laocoon, D. rosacordis, Hylesia sp. Estas espécies são pragas de importância florestal (Bittencout et al., 2003).

Foram observados ovos de D. rosacordis depositados sempre em massas, tanto nas folhas como em ramos. Estes ovos foram parasitados por Anastatus sp. (Hymenoptera, Eupelmidae). As larvas apresentavam pelos urticantes de coloração verde clara e alimentavam-se de folhas mais velhas. O ciclo médio observado em laboratório foi de aproximadamente quatro meses, fato também observado por Garcia (1995). As larvas desta espécie consomem grande quantidade de área foliar. O adulto da D. rosacordis é uma mariposa de coloração marrom claro com duas listras escuras perpendiculares nas asas.

Foram coletadas larvas de D. rosacordis parasitadas por Diptera, Tachinidae do gênero Belvosia que emergiram dos pupários em laboratório, indicando a presença de parasitismo natural das larvas.

As larvas da espécie T. tibialis foram obtidas alimentando-se de folhas velhas de pequizeiros e apresentaram coloração branca com manchas pretas e pêlos urticantes. As pupas possuiam coloração bege com pontuações negras e com presença de pêlos. O tamanho médio das pupas foi de 1,3 cm, com duração média de nove dias. As pupas construiram seus casulos nas folhas ou no troco do pequizeiro. O adulto é uma mariposa totalmente branca com pontuações negras nas asas anteriores. Os ovos apresentaram cor marrom revestida por pluma, agrupados em massas, sendo que cada massa tinha em média 31 ovos. Esta espécie apresentou grande sensibilidade à umidade elevada.

A população de T. tibialis é elevada com número de indivíduos que podem reduzir totalmente a área foliar do pequizeiro. As larvas coletadas apresentaram parasitismo por: Meteorus sp. e Apanteles sp. (Hymenoptera, Braconidae), Chalcis sp. (Hymenoptera, Calcididae), e Elasmus sp. (Hymenoptera, Elasmidae) e espécie da Subfamília Telenominae (Hymenoptera, Scelionidae).

Da Família Sessiidae a espécie Carmenta sp. conhecida como broca-dos-frutos foi obtida em nove populações estudadas. Esta espécie é considerada por Macedo y Veloso (2002) e Lopes et al. (2003) como uma seria praga do pequizeiro, responsável pela queda prematura dos frutos, caracterizando queda da produção.

Segundo Lopes et al. (2003) as larvas de Carmenta sp. são pequenas de 15mm de comprimento de coloração clara, cabeça pequena e cor marrom que penetra nos frutos chegando até a semente, alimentando-se do embrião, tornando os frutos imprestáveis para o consumo e as sementes inviáveis para a propagação. O ataque inicia quando os frutos ainda encontram-se com até 3 cm de diâmetro. As larvas transformam-se em pupas dentro do próprio fruto, envoltas por casulo construído por fio de seda e excrementos produzidos pela própria espécie.

Lopes et al. (2003) caracterizando o ataque da broca-dos-frutos em pequizeiro no Norte de Minas Gerais verificou que mais de 50 % de frutos estavam atacados pela broca, indicando que a praga compromete a metade da produção inviabilizando-a para o comercio.

A espécie Nicolaea socia pertence a Família Lycaenidae, suas larvas possui um aspecto gelatinoso de coloração verde com pontuações vermelhas, amareladas e pretas distribuídas pelo corpo com presença de chifres. Tece teias de proteção, abrigando-se entre os frutos, onde ficam protegidas. Perfura os frutos no exocarpo e mesocarpo, causando deformações e apodrecimento do mesmo, podendo chegar a queda do fruto.

A espécie R. intermedia (Thyrididae), conhecida como broca-do-ponteiro e presente em todas as populações estudadas no Cerrado goiano, ocorrendo nas brotações novas onde alimentam-se dos tecidos internos, expelindo excrementos pela abertura de entrada, que ocorre na base da inserção da folha. Alimenta-se também da folha, na qual tem o habito de enrolar abrigando durante o dia como proteção. Essa espécie de lagarta foi obtida em plantas de pequizeio em Brasília, DF, alimentando-se de folhas e botões florais, sendo considerada como monófaga (Rodovalho, 2005; Carregaro, 2007)

Da Família Pyralidae foi identificado à espécie do gênero Phydotricha sp. As larvas alimentam-se do limbo foliar, e tem o hábito de juntar as folhas formando um casulo envolvido por fios de seda e excremento onde abrigam durante o dia. Nas partes atacadas as folhas secam e caem posteriormente. Foi encontrada em treze populações estudadas com baixa freqüência.

A espécie Thyrinteina arnobia (Geometridae) ocorreu apenas na população de Goiânia. Foram coletados ovos de T. arnobia na face ventral da folha do pequizeiro e em pecíolos foliares.

Ordem Diptera: Os dípteros foram obtidos nos frutos, nas folhas e parasitando lagartas. As larvas de Neosilba spp. alimentam-se da polpa dos frutos. Os lonqueideos tem se destacado como pragas importantes em frutíferas e em hortaliças cultivadas de vários países. Segundo Uchoa-Fernandes et al., (2002), nas 35 espécies frutíferas amostradas no Cerrado do Mato Grosso do Sul, as moscas frugívoras do gênero Neosilba são as mais abundantes, ocorrendo em 22 frutíferas, com predominância absoluta em laranja (Citrus sinensis), em tangerina (C. reticulata) e pequi (C. brasiliense). As larvas das espécies de Neosilba colonizam maior número de frutíferas do que as larvas dos insetos da família Tephritidae. Estes insetos são freqüentes no Cerrado goiano, de 54 espécies frutíferas amostradas por Veloso (1997), 27 mostraram-se infestadas por Neosilba spp. cuja frequência foi maior nas frutíferas nativas. A espécie Anastrepha spp. (Tephritidae) foi coletada visitando as folhas da planta.

Atherigona orientalis foram obtidas em frutos, alimentando-se da polpa e abrindo galeria para entrada de fitopatogeno. Essa espécie foi obtida por Ferreira (2000) em cagaita (Eugenia dysenterica) nos cerrados do Estado de Goiás.

Os dípteros da família Tachinidae foram representados pelas espécies Cnephalia sp. e Belvosia sp. A espécie Belvosia sp. foi obtida parasitando D. rosacordis.

Os insetos das ordens Orthoptera, Isoptera, Neuroptera, Psicoptera e Thysanoptera, foram considerados insetos visitantes associados ao pequizeiro sem nenhuma constatação de relação com a planta hospedeiros.

O Cerrado do Estado de Goiás possui rica entomofauna associada ao pequizeiro. Os insetos identificados estão agrupados em dez ordens, 72 famílias e 194 espécies. As espécies Thagona tibialis, Atta laevigatta, Rhodoneura intermedia, Carmenta sp., Eunica bechina e Edessa rufomarginata podem ser consideradas potenciais pragas do pequizeiro no Cerrado do Estado de Goiás.


Agradecimentos

Os autores agradecem ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão de bolsa e aos taxonomistas Dr. Sérgio Antônio Vanin e Prof. Dr. Carlos Campaner (Universidade de São Paulo - IB/USP), Dr. Olaf Hermann Hendrik Mielke, Dra. Olívia Evangelista e M.Sc. Edivã Mattos (Universidade Federal do Paraná - UFPR), Dra. Ivone Rezende Diniz, (Universidade de Brasília - UnB), Dra. Cecília Czepak, (Universidade Federal de Goiás - EA/UFG) e ao Dr. José Antônio Marin Fernandes, (Universidade Federal do Pará - UFPA) pela identifcação de insetos.


Bibliografia

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