O Instagram é uma rede social onde os usuários compartilham fotos e vídeos. Criado em 2010, se expandiu rapidamente. Em 2018 contava com aproximadamente 1 bilhão de usuários, sendo 66 milhões brasileiros (Statista, 2019), ocupando o posto de quinto aplicativo mais baixado no mundo (Sensor Tower, 2019). As evidências empíricas são consistentes ao apontar que o uso problemático do Instagram pode estar relacionado a problemas como ansiedade, depressão e solidão (Yurdagül, Kircaburun, Emirtekin, Wang, & Griffiths, 2019), além de a exposição frequente a imagens idealizadas levar os usuários a terem um decréscimo na auto avaliação de atratividade, contribuindo para o aumento do mal-estar psicológico (Sherlock & Wagstaff, 2018). Ademais, estudar o comportamento nas redes sociais é fundamental, na medida em que os perfis em tais redes refletem os reais traços de personalidade das pessoas (Back et al., 2010). Não obstante, apesar de o Brasil ser o segundo país no mundo com o maior número de usuários, não encontramos estudos empíricos sobre o uso do Instagram e os seus correlatos psicológicos. Portanto, o presente estudo buscará aportar com a literatura brasileira explicando o padrão de uso desta rede social a partir de traços narcisistas da personalidade, explorando o papel moderador que a autoestima pode ter neste contexto.
Narcisismo
O Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-V) descreve o narcisismo como um transtorno de personalidade caracterizado por um padrão consistente de grandiosidade, necessidade constante de ser admirado, acompanhado por falta de empatia e senso de direitos, tendo comportamento explorador e usando os demais em benefício próprio (APA, 2013). A abordagem da psicologia social e da personalidade tem entendido o narcisismo a partir de uma perspectiva dimensional, tendo uma variação subclínica, que compartilha aspectos com sua manifestação patológica (e.g., grandiosidade, baixa empatia, senso de direitos, autoadmiração; Jonason, Webster, Schmitt, Li, & Crysel, 2012). Portanto, as pessoas se distribuem ao longo de um contínuo em razão da magnitude de narcisismo que apresentam.
O narcisismo normal, ou subclínico, é marcado por dominância, autoconfiança, exibicionismo e falsa modéstia (Back et al., 2013; Krizan & Johar, 2012), sendo o Narcissistic Personality Inventory (NPI-40; Raskin & Terry, 1988) o instrumento mais utilizado para a sua avaliação. Esta medida tem sido tratada pelos pesquisadores como um instrumento unidimensional, cobrindo uma diversidade de domínios do construto (e.g., superioridade, exibicionismo, senso de direitos, auto absorção; Raskin & Terry, 1988). A propósito, McCain e Campbell (2018) indicam que boa parte das relações entre narcisismo e uso do Instagram foi explorada a partir da NPI-40 e sua versão reduzida, NPI-16 (NPI-40 (33%) e NPI-16 (35%); 68% dos 62 estudos), o que indica a importância de usar tal medida neste contexto, facilitando comparações com outros estudos estimando eventuais diferenças culturais.
Narcisismo e uso de redes sociais
Considerando as características previamente listadas que demarcam um perfil narcisista, percebe-se o papel preditor que este traço pode ter para explicar o uso de redes sociais, em específico o Instagram. A propósito, as redes sociais são um espaço propício para a autopromoção (Sheldon & Bryant, 2016), sendo que a postagem de selfies é uma atividade comum que exemplifica tal tendência (Jin & Muqaddam, 2018). De acordo com Campbell e McCain (2018), narcisistas usam redes sociais para se autopromoverem, o que explica o fato de que narcisistas postam mais selfies, atualizam as fotos de seu perfil frequentemente, avaliando-as de forma mais atraente e passando mais tempo no Instagram (McCain et al., 2016; Moon, Lee, Lee, Choi, & Sung, 2016; Weiser, 2015). Ademais, narcisistas costumam postar nas redes sociais tópicos sobre suas realizações pessoais e sobre a prática de exercícios (Marshall, Lefringhausen, & Ferenczi, 2015), tirando fotos em academias ou em poses mais sensuais.
Recentemente, por meio de uma meta-análise composta por 62 amostras independentes (N = 13.430), verificou-se que o narcisismo subclínico se relacionou positivamente com o tempo gasto nas redes sociais, frequência de atualizações nos status, número de amigos/seguidores e o número de selfies postadas (McCain & Campbell, 2018). Portanto, o conjunto de evidências mostra que o Instagram pode ser encarado como um palco ideal, onde o narcisista expressará suas tendências exibicionistas e sua grandiosidade, esperando receber a devida atenção e reconhecimento que ele acha que lhe cabe (Barry & McDougall, 2018).
De fato, ao postar uma foto, o narcisista espera um feedback, que vem a partir de comentários positivos, visualizações, curtidas e um número cada vez maior de seguidores. Esse feedback os ajuda em sua autoafirmação e na manutenção do autoconceito grandioso e irrealístico (Campbell & McCain, 2018). Especificamente, narcisistas que possuem baixa autoestima tendem a postar mais selfies (March & McBean, 2018), além de usarem filtros e hashtags e se utilizarem de comportamentos enganosos para conseguir curtidas (e.g., comprar curtidas e seguidores, melhorar a aparência em programas de edição de fotos; Dumas, Maxwell-Smith, Davis, & Giulietti, 2017). Estes autores apontam, ainda, que essas buscas por curtidas refletem uma intensa procura por visibilidade, atenção, admiração e validação externa. Portanto, considerando a tendência para a autopromoção, narcisistas usam mais filtros, utilizam programas de edição de fotos e passam mais tempo editando suas fotos (Lowe-Calverley & Grieve, 2018). Como resultado prático, esperam ter uma foto (ou vídeo) mais atrativa e que chame mais atenção dos seguidores, obtendo feedback mais positivo e, consequentemente, mantendo seu autoconceito inflado, o que pode ser uma tentativa de compensar baixos níveis de autoestima (March & McBean, 2018).
Logo, percebe-se que a profusão do uso de redes sociais tem aberto um espaço importante para os estudos psicológicos. Entretanto, a recente meta-análise conduzida por McCain e Campbell (2018) considerou majoritariamente amostras de estadunidenses. Tais autores apontam a necessidade de mais estudos em diferentes amostras e contextos culturais distintos para estimar a robustez dessas relações. Seguindo tais orientações, aliado a falta de estudos brasileiros sobre o tema, iremos explorar o papel preditor do narcisismo para o uso do Instagram, analisando o papel moderador da autoestima. Tendo em vista a literatura consultada, formularam-se as seguintes hipóteses:
(a) Narcisistas passam mais tempo no Instagram
(b) Narcisistas atualizam seus perfis mais frequentemente (postam mais fotos e stories)
(c) Narcisistas passam mais tempo editando suas fotos e
(d) Narcisistas com baixa autoestima dão mais importância a receber feedback no Instagram (curtidas e visualizações)
Método
Participantes
Tratou-se de uma amostra de conveniência (não-probabilística) composta por 207 pessoas que indicaram usar a rede social Instagram. Os participantes tinham idades variando entre 18 e 62 anos (M idade = 27,08; DP idade = 10,41). A maioria declarou ser do sexo feminino (65,7%), solteiro (69,1%), de classe social média (44%) e com ensino superior incompleto (43%).
Instrumentos
Narcissistic Personality Inventory (NPI-40): Medida elaborada por Raskin e Terry (1988), sendo do tipo escolha forçada, essa é a medida mais usada para avaliar o narcisismo subclínico. Cada item é representado por um par de afirmações, cabendo à pessoa escolher a frase que melhor a descreve. Uma frase descreve uma resposta narcisista “Usualmente, tento me exibir quando tenho a oportunidade” enquanto a outra não “Tento não ser exibido”. Na presente ocasião, observou-se um coeficiente de consistência interna adequado (α = 0,79).
Escala de Autoestima de Rosenberg (EAR): Desenvolvida por Rosenberg (1965), esta medida é formada por 10 itens, sendo os participantes orientados a indicar a sua concordância (1 - Discordo Totalmente; 7 - Concordo Totalmente) a itens como “Sou capaz de fazer tudo tão bem como as outras pessoas” e “Eu acho que tenho muitas boas qualidades”. Na presente ocasião, observou-se um coeficiente de consistência interna adequado (α = 0,89).
Uso do Instagram: Para definir o padrão de uso deste aplicativo perguntou-se aos usuários o tempo gasto diariamente nesta rede social (1 - Menos de 15 minutos; 4 - Mais de 60 minutos), tempo gasto para editar uma foto antes de postá-la (1 - Menos de um minuto; 7 - Mais de dez minutos), frequência com que posta stories (1 - Nunca; 10 - Sempre) e o quão importante é receber curtidas nas fotos e visualizações nos stories, ambos respondidos em escala de 10 pontos (1 - Nada importante; 10 - Extremamente importante). Por fim, os participantes foram indagados sobre o número aproximado de fotos e selfies que possuem no Instagram, sendo esta uma pergunta aberta.
Procedimento
Os dados foram coletados por meio online, sendo o questionário criado na plataforma Google Formulários e o link compartilhado nas redes sociais (e.g., Facebook, Whatsapp) a partir do procedimento bola de neve. Especificamente, solicitamos aos respondentes que, ao término do preenchimento do questionário, divulgassem o link da pesquisa entre seus contatos, fazendo o mesmo apelo. Antes de prosseguir para o preenchimento dos questionários, demandava-se que o participante lesse o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), com informações sobre os objetivos da pesquisa, ressaltando o caráter anônimo e voluntário da participação, indicando que poderiam desistir da colaboração a qualquer momento. Os participantes que concordaram com o TCLE, prosseguiram para o preenchimento dos instrumentos. Portanto, os princípios éticos que orientam pesquisas com seres humanos foram seguidos, de acordo com a Resolução 510/2016 do Conselho Nacional de Saúde.
Análise de Dados
Os dados foram analisados por meio do pacote estatístico IBM SPSS. Especificamente, foram calculadas estatísticas descritivas com o objetivo de caracterização da amostra (e.g., média e desvio padrão), coeficiente alfa de Cronbach, buscando avaliar a fidedignidade da NPI-40 e EAR, análise de correlação de Pearson para conhecer em que medida e direção as variáveis estão relacionadas e análise de regressão hierárquica, para verificar o papel moderador da autoestima na relação narcisismo e uso do Instagram. Por fim, utilizou-se o ModGraph-I (Jose, 2013) para gerar as figuras da moderação e calcular os simple slopes, que indicam para quais grupos a interação é estatisticamente significativa.
Resultados
Inicialmente, calcularam-se análises de correlação de Pearson para conhecer o padrão de correlações entre as variáveis. Especificamente, observou-se que narcisistas passam mais tempo no Instagram (r = 0,19; p < 0,01), postam mais fotos (r = 0,15; p < 0,05) e stories (r = 0,26; p < 0,01), atribuindo mais importância a obtenção de curtidas (r = 0,34; p < 0,01) e visualizações (r = 0,30; p < 0,01), além de passarem mais tempo editando as suas fotos (r = 0,21; p < 0,01). No entanto, as correlações entre a frequência de selfies postadas e traços narcisistas não foram significativas. Todas as correlações são especificadas na Tabela 1.
Nota: *p < 0,05, **p < 0,001 (teste uni-caudal). Identificação das variáveis: NA = Narcisismo, AE = Autoestima, TI = Tempo gasto no Instagram, FS = Frequência com que posta stories, NF = Número de fotos, NS = Número de selfies, IC = Importância atribuída a curtidas, IV = Importância atribuída a visualizações, e TE = Tempo editando fotos.
O passo seguinte foi realizar análises de regressão hierárquica (método enter) buscando conhecer o papel moderador da autoestima na relação entre narcisismo e as variáveis relativas ao uso da rede social em questão (frequência de uso, número de postagens, importância atribuída a curtidas e visualizações e tempo gasto editando fotos). Padronizou-se (z) as variáveis narcisismo e autoestima, multiplicando-as e computando o termo de interação. No primeiro passo das cinco análises de regressão, entrou-se com a idade e o sexo dos participantes, no segundo passo foram introduzidos os valores padronizados do narcisismo e autoestima, sendo o termo de interação incluído no terceiro passo da análise. Considerando as relações testadas, o termo de interação predisse duas variáveis: a importância atribuída a curtidas e visualizações, configurando o papel moderador da autoestima (Tabela 2).
Especificamente para a predição da importância atribuída a curtidas, observou-se que no primeiro passo da análise, idade e sexo explicaram 2,4% da variância (p < 0,01). Incluindo os valores padronizados do narcisismo e autoestima, a variância explicada passou para 16,3%, sendo esse incremento significativo (p < 0,01). Ademais, no terceiro passo, foi incluído o termo de interação, sendo que a variância explicada passou para 19,1%, resultando em um aumento significativo na explicação (p < 0,01). No último passo da análise, narcisismo (β = 0,40; p < 0,01), autoestima (β = -0,19; p < 0,01) e o termo de interação (β = -0,17; p < 0,01) predisseram a importância atribuída a receber curtidas. Por meio do Mod-Graph I (Jose, 2013) observou-se que as relações entre narcisismo e valorização de curtidas são mais fortes entre as pessoas que possuem baixa (simple slope = 1,56; t = 5,92; p < 0,001) e média autoestima (simple slope = 1,09; t = 5,92; p < 0,001), sendo mais fraca entre aqueles com elevada autoestima (simple slope = 0,61; t = 2,46; p < 0,05). O gráfico de moderação pode ser observado na Figura 1.
Por outro lado, para a predição da importância atribuída a receber visualizações, observou-se que no primeiro passo da análise, idade e sexo explicaram 2,8% da variância (p < 0,01). Adicionando os valores padronizados do narcisismo e da autoestima, a explicação sobe, de forma significativa (p < 0,01), para 13,1%. Com a inserção do termo de interação no último passo, a explicação passou para 18,7%, sendo esse aumento significativo (p < 0,01). No último passo da análise, narcisismo (β = 0,35; p < 0,01), autoestima (β = -0,17; p < 0,05) e o termo de interação (β = -0,24; p < 0,01) predisseram a importância atribuída para receber visualizações. Por meio do Mod-Graph I (Jose, 2013), observou-se que as relações entre narcisismo e importância atribuída a receber visualizações de stories são mais fortes entre as pessoas que possuem baixa (simple slope = 1,75; t = 6,15; p < 0,001) e média autoestima (simple slope = 1,03; t = 5,20; p < 0,001). Entre aquelas com elevada autoestima, não há relação entre narcisismo e importância atribuída a ter visualizações (simple slope = 0,31; t = 1,16; p > 0,05). O gráfico de moderação pode ser observado na Figura 1.
Discussão
O Instagram é uma das redes sociais que mais cresce atualmente, sendo que o Brasil ocupa a segunda posição mundial em número de usuários. Apesar do número crescente de estudos que exploram os preditores do uso desta rede social e suas potenciais consequências, as evidências em contexto brasileiro são inexistentes. Nesta direção, o presente estudo contribuiu com a literatura nacional indicando o importante papel preditor do narcisismo para o uso do Instagram.
Especificamente, verificamos que os narcisistas usam mais o Instagram, postando uma quantidade maior de fotos e stories, passando mais tempo editando-as, além de darem muita importância para feedbacks (curtidas e visualizações), confirmando, assim, as hipóteses 1, 2 e 3. Tais resultados se somam aos reportados previamente na literatura (Dumas et al., 2017; McCain & Campbell, 2018; McCain et al., 2016; Moon et al., 2016), indicando que pessoas com traços narcisistas usam as redes sociais com a finalidade de autopromoção, sendo o Instagram um palco propício para a exibição de tais tendências (Sheldon & Bryant, 2016).
Não obstante, para receberem um feedback positivo, e reforçarem seu ego frágil, narcisistas passam mais tempo editando suas fotos (Lowe-Calverley & Grieve, 2018). De fato, no presente estudo, verificou-se relação positiva entre narcisismo e tempo gasto na edição de fotos, o que vai na mesma direção de estudos prévios que verificaram que pessoas com este traço de personalidade usam mais filtros, melhoram a aparência em programas de edição de fotos e passam mais tempo editando-as (Dumas et al., 2017; Lowe-Calverley & Grieve, 2018). Aparentar uma imagem melhor se relaciona a um feedback mais positivo que, por sua vez, ajuda os narcisistas em sua autoafirmação e manutenção do autoconceito grandioso e irrealístico (Campbell & McCain, 2018). A propósito, confirmamos a hipótese 4, com evidências que reforçam esse mecanismo. A busca por popularidade e destaque nas redes sociais leva a um uso cada vez mais intenso (refletido na preocupação em obter curtidas e visualizações como uma forma de aprovação social), e isso seria uma forma dos narcisistas compensarem a baixa autoestima (March & McBean, 2018). É importante ressaltar que em razão desse uso intenso, narcisistas com baixa autoestima podem ser um grupo de risco para terem problemas de depressão, ansiedade e solidão em razão do uso problemático do Instagram (Yurdagül et al., 2019).
Os resultados apresentados, apesar de convergirem com a literatura, devem ser analisados com ressalvas. Por exemplo, tratou-se de uma amostra de conveniência, impossibilitando generalizações para além da amostra utilizada. Outro problema se refere a forma como se quantificou o número de fotos, selfies postadas e stories. Os dois primeiros por meio de pergunta aberta e o último em escala Likert. Um possível viés inerente é que as pessoas podem ter dado informações que subestimam ou superestimam o número de postagens. A propósito, estudos têm usado diferentes métodos, a exemplo de escalas do tipo Likert que avaliam a frequência de selfies postadas (1 - Raramente; 7 - Várias vezes por dia; Singh, Farley, & Donahue, 2018) ou mesmo solicitar que o participante indique o nome do seu perfil no Instagram para que o pesquisador o analise por um período específico de tempo (Barry, Reiter, Anderson, Schoessler, & Sidoti, 2019), sendo que essa última estratégia pode ser usada em possibilidades futuras.
Contudo, apesar de algumas limitações, no geral os resultados convergem com as evidências prévias descritas na literatura (McCain & Campbell, 2018; Moon et al., 2016; Weiser, 2015). A propósito, atendendo a sugestões da literatura para a ampliação dos estudos para diferentes contextos socioculturais (McCain & Campbell, 2018), observou-se que o narcisismo apresenta um papel consistente para explicar o uso do Instagram no contexto brasileiro. Não obstante, ainda há muito a ser explorado. Por exemplo, predizer o tipo de conteúdo postado por narcisistas nas redes sociais ou mesmo desenvolver um estudo qualitativo buscando apreender as motivações para fazer uso de tal rede social. Ademais, em possibilidades futuras, é primordial ampliar a lista de preditores do uso deste aplicativo, possibilitando a identificação de perfis psicológicos que tem mais risco para um uso problemático e disfuncional. Logo, percebe-se que as possibilidades são diversas, indicando que há um campo fértil para a condução de estudos psicológicos, sobretudo se considerarmos que o Brasil é um dos países com maior número de usuários de redes sociais.