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Revista Uruguaya de Antropología y Etnografía
versão impressa ISSN 2393-7068versão On-line ISSN 2393-6886
Resumo
FIGUEIRO, Gonzalo. Dignidade, autoridade, conservação: dilemas éticos na prática bioarqueológica no Uruguai. Rev. urug. Antropología y Etnografía [online]. 2024, vol.9, n.1, e102. Epub 01-Jun-2024. ISSN 2393-7068. https://doi.org/10.29112/ruae.v9i1.2218.
Três princípios básicos de orientação podem ser encontrados, com variações, nos códigos de ética para a análise de restos humanos antigos: tratamento digno dos restos mortais, o poder dos descendentes sobre o destino dos restos mortais, e a garantia de sua preservação e salvaguarda. Quando formulados de forma ampla, esses princípios entram em conflito entre si e com várias situações que surgem na prática da pesquisa, especialmente na bioarqueologia americana. Este documento apresenta uma série de cenários práticos relacionados à prática bioarqueológica no Uruguai, onde não existe um código de ética para o trabalho com restos humanos, com o objetivo de fornecer um relato de certas características da realidade uruguaia que podem servir para orientar a resolução de dilemas éticos no futuro. A aplicação do princípio da dignidade é altamente dependente da situação e do contexto e, em última análise, resulta em três recomendações: o manuseio cuidadoso dos restos mortais, evitar sua exibição pública na medida do possível e a intervenção arqueológica em locais ameaçados. Com relação à autoridade sobre o destino dos restos mortais, a conformidade no Uruguai envolve um diálogo ainda incipiente com uma série de grupos indígenas e a elaboração de uma série de recomendações éticas com relação aos restos de esqueletos pré-hispânicos, para cujo manuseio não há uma estrutura legal específica. Por fim, a conservação é considerada crucial tanto por suas implicações acadêmicas quanto por sua importância para a sustentabilidade e o desenvolvimento local da disciplina.
Palavras-chave : restos humanos antigos; princípios éticos; prática bioarqueológica.