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Humanidades (Montevideo. En línea)
versión impresa ISSN 1510-5024versión On-line ISSN 2301-1629
Resumen
ROSA, Sofía. A ecopoesia de Nicanor Parra como espaço de dissidência. Humanidades (Montevideo. En línea) [online]. 2019, n.6, pp.199-226. Epub 01-Dic-2019. ISSN 1510-5024. https://doi.org/10.25185/6.8.
Desde os anos cinquenta, uma linha de ensaístas e poetas ecologistas se desenvolveu no Chile para denunciar o modelo predatório do crescimento econômico e chama por uma ação coletiva. A publicação de Ecopoemas pelo poeta chileno Nicanor Parra, em 1982, constitui um marco fundamental que recupera o pensamento ecológico de vários autores anteriores, propondo novos paradigmas ético-estéticos capazes de articular subjetividades dissidentes nos três registros ecológicos (Guattari). Com este trabalho, pretendo estudar os ecopoemas como um espaço agonista de dissidência. O trabalho enfoca a questão de como a eco-poesia de Nicanor Parra configura uma performatividade e afetividade da dissidência política. Assim, primeiro analiso como a ecologia é construída como um discurso de resistência instalado política e esteticamente como oposição; segundo, descrevo como esse discurso nos configura de maneira ecocêntrica, na qual novos atores serão capazes de produzir os afetos e gestos de dissidência política que prometem ação coletiva. Por fim, reflito sobre a validade da proposta do Parra no contexto da ecologia política latino-americana.
Palabras clave : Nicanor Parra; ecopoesia; agonismo; conflito ecológico; antropoceno.