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Anales de Investigación en Arquitectura

versión impresa ISSN 2301-1505versión On-line ISSN 2301-1513

Resumen

VERDEJO RUIZ, Mónica. Ma: O vínculo entre a obra de Kazuo Shinohara e o Shodo. An. Investig. Arquit. [online]. 2021, vol.11, n.2, e307.  Epub 01-Dic-2021. ISSN 2301-1505.  https://doi.org/10.18861/ania.2021.11.2.3132.

No Japão, tradicionalmente, as artes como a pintura, a música, o teatro e, especialmente, a caligrafia - shodo -, compartilham uma constante essencial: o não-ser como agente compositivo em oposição ao ser. Em termos matéricos, isto pode ser expresso na dualidade interdependente cheio-vazio. A palavra japonesa ma implica tanto esse vazio em si mesmo - como intervalo -, como a percepção simultânea de cheio e vazio. Seu vínculo com a percepção espacial foi objeto de interesse durante as últimas décadas. No entanto, são escassas as declarações quanto à materialização do ma por meio da construção física. Por isso, esta pesquisa busca decifrar os meios através dos quais essa dualidade se manifesta na arquitetura.

Para tal, serão analisadas duas obras projetadas por Kazuo Shinohara, defensor da essência arquitetônica tradicional japonesa e da condição artística da casa. O estudo se foca nos planos de duas casas: Umbrella House e Casa numa Rua em Curva, redesenhados especialmente para esta pesquisa seguindo um código binário que diferencia o cheio, em preto, do vazio, em branco.

A partir dos resultados obtidos, infere-se que Shinohara condensa intencionalmente as atividades domésticas, liberando o resto do espaço interno de compartimentações e configurando, assim, um grande espaço vazio no qual aparecem elementos estruturais isolados, cuja função consiste em tensionar o vazio através da variabilidade nas distâncias em relação à envolvente (fachada).

Ambas as estratégias - os diversos graus de compartimentação e, portanto, de condensação do cheio, e a tensão do vazio por meio de elementos isolados - podem ser igualmente apreciadas nas obras de shodo. E apesar das diferenças fundamentais entre as duas disciplinas, além de uma desventurada coincidência, essas semelhanças apontam para uma lógica compositiva comum, que encontra seu centro na configuração do ma.

Palabras clave : vazio; ma; shodo; Kazuo Shinohara; dualidade; cheio-vazio; espaço esbanjado; arte; lógica compositiva; tensão espacial; graus de compartimentação.

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