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Anales de Investigación en Arquitectura
versión impresa ISSN 2301-1505versión On-line ISSN 2301-1513
Resumen
MEDERO, Santiago. Arquitetura, território e governamentalidade: O caso dos hospitais públicos nas primeiras décadas do século XX no Uruguai. An. Investig. Arquit. [online]. 2021, vol.11, n.2, e304. Epub 01-Dic-2021. ISSN 2301-1505. https://doi.org/10.18861/ania.2021.11.2.3167.
Nas primeiras décadas de independência do país, a arquitetura não existia como profissão moderna e seus conhecimentos estavam dispersos em diversas ocupações e tradições. Argumenta-se aqui que o processo de profissionalização em nível nacional esteve intimamente associado ao controle territorial centralizado pelo Estado, que se consolidou após a última grande guerra civil, em 1904. Igualmente, tanto a profissão arquitetônica como o Estado são conceitualizados como um processo de construção contínuo cuja finalidade é o governo (governamentalidade no pensamento de Foucault). Nesse sentido, a arquitetura ofereceu ao Estado uma série de ferramentas disciplinares que configuraram o sentido de sua jurisdição profissional e a distinguiram de outros saberes e ocupações.
A realização dos hospitais públicos no interior da república nas primeiras décadas do século XX mostra todos estes processos e ainda mais: evidencia que o sistema de profissões não apenas estava regulado pela luta jurisdicional, mas que também possuía um forte grau de complementariedade. Com efeito, medicina e arquitetura foram parte de uma aliança que foi construída como parte do mesmo processo de governamentalidade executado pela Assistência Pública Nacional a partir de 1910.
Palabras clave : arquitetura de Estado; sistema de profissões; território; governamentalidade; poder; hospitais; higienismo.