Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Links relacionados
Compartir
Psicología, Conocimiento y Sociedad
versión On-line ISSN 1688-7026
Resumen
ZORZANELLI, Rafaela y DE MARCA, Renata. O caso do uso crônico de clonazepam no Rio de Janeiro pela voz dos usuários. Psicol. Conoc. Soc. [online]. 2018, vol.8, n.2, pp.133-146. ISSN 1688-7026. https://doi.org/10.26864/pcs.v8.n2.10.
No Brasil, o Rivotril® tem recebido destaque como objeto social. O logotipo da marca aparece estampado em objetos de uso cotidiano, além de o medicamento ser assunto de comunidades virtuais e programas televisivos. Método. Utilizamos a técnica da bola de neve para chegar aos usuários e realizamos entrevistas em profundidade, com roteiro semiestruturado com uma amostra de 20 pessoas maiores de 18 anos, residentes no Estado do Rio de Janeiro, que utilizaram o medicamento por mais de 12 meses. Os pesquisadores apresentaram o projeto e enviaram e-mails para suas redes de contato social, solicitando que indicassem potenciais usuários interessados em participar da pesquisa. Resultados. Dentre os pontos analíticos, destacam-se: 1) os usuários desenvolveram uma “expertise leiga” sobre as dosagens; 2) sempre que o tratamento era supervisionado por um psiquiatra, um antidepressivo era prescrito junto com o benzodiazepínico; 3) uma vez iniciado o uso do clonazepam, a percepção de sua capacidade de viver sem o medicamento se alterava; 4) embora se tratassem de usuários de longo-prazo, eles não se percebiam como dependentes da substância. Discussão. Os usuários customizavam, negociavam e legitimavam o uso da substância, desde a quantidade, a frequência e as práticas de compartilhamento. Mais pesquisas que investiguem o relato de usuários de substâncias prescritas deve ser realizados, no intuito de incluir as percepções dos usuários, que são frequentemente desconsiderados do campo de análise.
Palabras clave : Psicotrópicos; Saúde mental; Benzodiazepínicos; Clonazepam.