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Revista Médica del Uruguay
versión impresa ISSN 0303-3295versión On-line ISSN 1688-0390
Resumen
MARRERO, Gregory; CAMPOS, Maite y GONZALEZ, Daniel. Esplenose do tecido celular subcutâneo da parede abdominal. Rev. Méd. Urug. [online]. 2025, vol.41, n.3, e703. Epub 16-Jun-2025. ISSN 0303-3295. https://doi.org/10.29193/rmu.41.3.12.
Introdução:
a esplenose no tecido celular subcutâneo da parede abdominal é extremamente rara, com apenas 16 casos publicados na literatura internacional, sendo a maioria secundária à esplenectomia por trauma. Apenas um caso foi associado à esplenectomia indicada por púrpura trombocitopênica imune (PTI).
Objetivo:
relatar um caso clínico de esplenose em tecido subcutâneo em paciente submetido a esplenectomia por PTI.
Caso clínico:
homem de 25 anos. Submetido à esplenectomia aos seis anos de idade por púrpura trombocitopênica imune. Consultou por uma tumoração de crescimento lento na comissura externa da incisão transversa do hipocôndrio esquerdo, com evolução de um ano. Ao exame físico: tumoração bem delimitada, firme, com 2 cm de diâmetro, móvel, sem aderência à pele ou ao plano muscular, e indolor. Ultrassonografia de partes moles sugeriu esplenose parietal com base no antecedente cirúrgico. O diagnóstico foi confirmado por tomografia computadorizada abdominal. Foi realizado procedimento cirúrgico programado, com ressecção completa da lesão, incluindo um losango de pele e tecido subcutâneo para evitar ruptura. O exame anatomopatológico confirmou esplenose parietal.
Discussão:
A esplenose é o autotransplante heterotópico de células esplênicas, secundário à ruptura esplênica por trauma ou durante esplenectomia por doenças hematológicas, entre outras causas. Há escassa literatura sobre esplenose parietal, sendo o local de implantação mais frequente o orifício de saída de ferimento por arma de fogo, seguido da ferida cirúrgica. A funcionalidade do implante ainda é debatida, sendo necessários entre 25 e 30 cc de tecido esplênico, valor muito superior aos aproximadamente 8 cc observados no nosso caso.
Além disso, o implante pode causar recidiva da doença hematológica que motivou a esplenectomia, o que não ocorreu no nosso paciente.
Palabras clave : Esplenose em tecido subcutâneo; Esplenose parietal; Esplenectomia; Púrpura trombocitopênica imune.











