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Revista Médica del Uruguay
versión impresa ISSN 0303-3295versión On-line ISSN 1688-0390
Resumen
JELDRES, Mathias et al. Tomada de decisão no câncer de próstata: uma análise da influência e significado dos comitês de tumores em uma coorte de pacientes tratados com radioterapia ou prostatectomia. Rev. Méd. Urug. [online]. 2025, vol.41, n.3, e207. Epub 24-Jun-2025. ISSN 0303-3295. https://doi.org/10.29193/rmu.41.3.7.
Introdução:
o câncer de próstata é o de maior incidência no Uruguai, caracterizando-se por uma grande heterogeneidade clínica e biológica. Nos estágios localizados, os tratamentos radicais com cirurgia ou radioterapia, associados à terapia hormonal, alcançam excelentes resultados na maioria dos pacientes. No entanto, não há evidências nacionais sobre os resultados desses tratamentos. Neste estudo, foram avaliadas retrospectivamente as características epidemiológicas e a eficácia dos tratamentos em uma coorte de pacientes atendidos em uma instituição mutualista nacional, bem como o impacto da tomada de decisão nos comitês de tumores.
Objetivos:
analisar as características clínico-epidemiológicas e realizar uma análise da eficácia dos tratamentos em uma coorte de pacientes com câncer de próstata atendidos no Serviço de Oncologia do Serviço Médico Integral (SMI) ao longo de um período de quatro anos.
Materiais e Métodos:
foi realizado um estudo descritivo, observacional e retrospectivo, com base na revisão dos prontuários de 147 pacientes diagnosticados com câncer de próstata atendidos no SMI.
Resultados:
Neste estudo descritivo, foram analisados 147 pacientes com câncer de próstata, com destaque para a abordagem multidisciplinar na condução dos casos. Todos os tratamentos (100%) foram discutidos em comitês de tumores, evidenciando uma prática assistencial integrada. A maioria dos pacientes (87%) apresentava a doença em estágios localizados no momento do diagnóstico, com mediana de idade de 67 anos. As avaliações diagnósticas incluíram o exame digital retal, dosagem de PSA e exames de imagem convencionais. Os tratamentos para estágios localizados variaram entre radioterapia, prostatectomia radical e vigilância ativa, sendo escolhidos conforme critérios clínicos. Observou-se uma baixa taxa de recidiva no acompanhamento de dois anos, especialmente entre os pacientes sob vigilância ativa. A discussão dos casos em comitês especializados foi essencial para a tomada de decisão terapêutica. A sobrevida livre de doença (SLD) em cinco anos não apresentou diferenças significativas entre radioterapia e prostatectomia radical, com uma taxa de 82%. A incidência de segundos tumores foi de 12%, sendo o mais comum o tumor renal. A idade e o estágio da doença influenciaram na escolha do tratamento e nos desfechos.
Conclusão:
este estudo ressalta a importância da discussão multidisciplinar, da adaptabilidade das abordagens terapêuticas e da necessidade de um acompanhamento contínuo no tratamento do câncer de próstata no Uruguai.
Palabras clave : Câncer; Câncer de próstata; Comitê de tumores; Radioterapia; Hormonoterapia; Prostatectomia.












