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Revista Médica del Uruguay

versão impressa ISSN 0303-3295versão On-line ISSN 1688-0390

Resumo

CAIRUS, Andrea et al. Características das intoxicações agudas por monóxido de carbono em um prestador integral de saúde pública. Rev. Méd. Urug. [online]. 2024, vol.40, n.4, e301.  Epub 26-Nov-2024. ISSN 0303-3295.  https://doi.org/10.29193/rmu.40.4.6.

Introdução:

A intoxicação por monóxido de carbono (CO) é uma condição frequente e prevenível, especialmente nos meses de outono e inverno. Deve-se priorizar a educação pública ambiental sobre as fontes de CO, seu uso adequado e os danos potenciais tanto na fase aguda quanto nas possíveis sequelas.

Objetivo:

Descrever as características epidemiológicas, clínicas, terapêuticas e evolutivas de menores de 15 anos intoxicados por CO atendidos em um prestador de saúde entre abril e dezembro de 2022.

Metodologia:

Estudo observacional retrospectivo. Variáveis: idade, sexo, fonte de exposição, mês do ano, sintomas, gravidade, nível de carboxihemoglobina (COHb), latência entre exposição e detecção de COHb, exames paraclínicos, tratamento e evolução.

Resultados:

Foram identificados 11 casos, dos quais 6 eram do sexo feminino, com média de idade de 7,9 anos. Fontes de exposição: aquecedor a gás (4 casos), braseros (3), fogões (3) e escapamento de carro (1). A intoxicação foi grave em 5 casos, moderada em 4 e leve em 2. Sintomas mais frequentes: neurológicos e gastrointestinais. Média de COHb inicial de 5,4% (intervalo de 0,9 a 15,6). A latência média entre o início da sintomatologia e a coleta da amostra foi de 9,8 horas. Sete pacientes receberam oxigenoterapia antes da coleta da amostra. A oxigenoterapia foi hiperbárica em 6 casos e normobárica em 5. Oito pacientes foram internados em cuidados intermediários e 1 em cuidados intensivos. A dosagem de troponinas foi realizada em 9 casos (elevada em 5), CK em 10 (elevada em 4). Foi realizado eletrocardiograma em 9 pacientes (alterado em 2). A ressonância magnética cerebral foi realizada em 8 (alterada em 2). Uma paciente foi readmitida devido a manifestações neurológicas tardias. Nenhum paciente faleceu.

Conclusões:

O diagnóstico de intoxicação por CO requer um alto índice de suspeição, pois as manifestações clínicas geralmente são inespecíficas. Os níveis de COHb nem sempre são úteis para determinar a gravidade, pois são afetados por múltiplos fatores. A realização de ressonância magnética cerebral e o acompanhamento após a alta são relevantes para a detecção de sequelas neurológicas.

Palavras-chave : Intoxicação; Monóxido de carbono; Carboxihemoglobina; Oxigenoterapia; Oxigenoterapia hiperbárica.

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