Servicios Personalizados
Revista
Articulo
Links relacionados
Compartir
Revista Médica del Uruguay
versión impresa ISSN 0303-3295versión On-line ISSN 1688-0390
Resumen
FRACHE, Bernardina et al. Características da limitação da terapia de suporte vital em pacientes falecidos em unidades de medicina intensiva. Rev. Méd. Urug. [online]. 2018, vol.34, n.4, pp.5-25. ISSN 0303-3295. https://doi.org/10.29193/rmu.34.4.1.
Introdução:
a limitação do emprego de terapias de suporte vital (LTSV) é uma prática habitual e eticamente aceitada. Esta decisão está compreendida no conceito de adequação do esforço terapêutico.
Objetivos:
determinar a frequência, as normas de implementação e os fatores associados à LSTV nos pacientes falecidos em unidades de cuidados intensivos (UCI). Conhecer a frequência e as características do registro deste processo no prontuário do paciente.
Tipo de estudo:
estudo observacional multicêntrico de corte transversal.
Escopo:
foram analisados os prontuários dos pacientes de 8 UCIs polivalentes públicas e privadas do Uruguai.
Pacientes:
foram incluídos todos os pacientes maiores de 18 anos falecidos em um período de 6 meses consecutivos em 2011.
Intervenções:
análise das características dos pacientes pela revisão dos prontuários dos pacientes.
Resultados:
analisamos 210 pacientes falecidos. Em 63 (30%) pacientes foi registrada a LTSV. 75% das decisões consistiam na retirada de medidas terapêuticas. Os fatores independentemente associados a LTSV foram: idade mais avançada (OR 1,04 (IC 95 % 1,01-1,07), p = 0,001), maior permanência na UCI (OR 1,06 (IC 95% 1,02 - 1,11), p = 0,001), e limitação para as atividades da vida diária (OR 4,65 (IC 95% 1,1 -19,6), p=0,035). 70% das diretivas LTSV foram registradas no prontuário do paciente.
Os suportes vitais mais frequentemente retirados foram: nutrição parenteral (100%), vasopressores (79%), nutrição enteral (64%) e antimicrobianos (52%). A assistência ventilatória mecânica invasiva foi retirada em 33% dos casos.
Conclusões:
um terço dos pacientes falece com LTSV. Este tipo de decisão está associada à má qualidade de vida previa, idade mais avançada e maior permanência em UCI. Um terço das decisões de LTSV não é registrado.
Palabras clave : Privação de tratamento; Unidades de terapia intensiva; Cuidado terminal; Toma de decisões.