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Revista Médica del Uruguay
versão impressa ISSN 0303-3295versão On-line ISSN 1688-0390
Resumo
MAURENTE, Lucia et al. Consulta adolescente en servicios de emergencia pediátrica. Rev. Méd. Urug. [online]. 2017, vol.33, n.4, pp.7-28. ISSN 0303-3295.
A OMS define adolescência como a etapa compreendida entre os 10 e 19 anos (precoce: 10 e 14 anos; tardia: 15 a 19 anos). Embora a prevalência de doenças na adolescência seja baixa os adolescentes utilizam serviços de emergência, o que requer uma abordagem integral e multidisciplinar. Não existem dados publicados sobre os motivos de consultas dos adolescentes no Uruguai.
Objetivo:
o objetivo deste estudo é conhecer a frequência e as características da consulta de adolescentes nos serviços de emergência do subsetor público e privado do sistema nacional integrado de saúde.
Metodología:
estudo multicêntrico, retrospectivo de adolescentes entre 10-14 anos que consultaram no HP-CHPR (Hospital Pediátrico Centro Hospitalario Pereira Rossell da Administración de Saluddel Estado (ASSE): subsetor público) e entre 10-19 anos na AE (AsociaciónEspañolaPrimera de Socorros Mutuos), CAMOC (Centro de Asistencia Médica del Oeste de Colonia), CG (Casa de Galicia) (Instituições de Assistência Médica Coletiva: IAMC). Foram incluídas as consultas dos dias 7 a 13 dos meses janeiro, abril, julho e outubro de 2013. Foram registrados: idade, sexo, motivo de consulta, comorbidades, consultas com especialistas, exames de laboratório, diagnóstico e destino na alta. Foi realizada uma análise estadística con siderando estatisticamente significativo p <0.05.
Resultados:
n=1518, 9% do total de consultas. Idade: média 13 anos e 1 mês, 50,5% eram do sexo masculino e 26% apresentavam comorbidades. 35% foram atendidos no subsetor público e 65% no subsetor privado (IAMC). A distribuição mensal de consultas foi: janeiro 20%, abril 30%, julho 20%, outubro 30%. Os motivos de consulta mais frequentes foram lesões 33%, sintomas respiratórios 14%, outros 13%, sintomas digestivos 12,5%, lesões na pele 7%. Os problemas psicossociais ccorrespondiam a 7,2% no setor público, e a 3,2% no privado. Consulta com especialista 38%. Laboratorio:16%. Imagens 30%. Diagnósticos principais na alta: trauma 33%, patologia respiratória 20%, outros 13%, patologia digestiva 10%, patologia de pele 6,6%. Destino final: domicilio 90%, hospitalização: 13% no subsetor público e 8% nas IAMC. 0,9% se retira antes da assistência, 0,1% se institucionaliza.
Conclusões:
embora a consulta de adolescentes tenha baixa prevalência, esta gera um impacto nos serviços de urgência pela elevada utilização de recursos. Foram observadas diferenças entre o setor público e privado.
Palavras-chave : Saúde do adolescente; Serviços médicos de emergencia; Razões para consulta.