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Revista Médica del Uruguay
versión impresa ISSN 0303-3295versión On-line ISSN 1688-0390
Resumen
JUANENA, Carolina et al. Cocaína adulterada con levamisol: reporte de tres casos clínicos. Rev. Méd. Urug. [online]. 2017, vol.33, n.2, pp.139-158. ISSN 0303-3295.
O consumo de cloridrato e pasta base de cocaína no Uruguai tem uma prevalência de vida de 6,9% e 0,7% respectivamente. As complicações tóxicas secundarias ao consumo dependem da concentração do alcaloide como também da presença de adulterantes. O levamisol, anti-helmíntico veterinário, um conhecido adulterante da cocaína nos Estados Unidos (2003), foi detectado no Uruguai em 2013. Este adulterante gera complicações tais como neutropenia, vasculite cutânea, glomerulonefrite, hemorragia pulmonar e leucoencefalopatia. Os três primeiros casos clínicos de complicações por levamisol como adulterante de cocaína informados ao Centro de Información y Asesoramiento Toxicológico são descritos. Os pacientes eram consumidores crônicos com idades entre 35 e 40 anos. Nos três casos se observou púrpura retiforme com centro necrótico associado a anticorpos ANCA positivos com tendência a apresentação nos lóbulos das orelhas, bochechas e extremidades, como estão descritas nas vasculites por levamisol. Em um caso foi observada neutropenia. Três pacientes apresentaram anemia e dois falha renal aguda. O tratamento principal foi a cessação do consumo com reversão total das complicações. Foi necessário realizar debridação ou enxertos de pele, ou ambos em todos os casos. As complicações mencionadas bem como o risco vinculado à reposição e os tratamentos propostos para as mesmas, como por exemplo os fatores de crescimento de granulócitos, antibióticos de amplio espectro e corticoides, são discutidos e analisados. É necesssário um alto índice de suspeita para vincular estas manifestações clínicas à presença de levamisol como adulterante da cocaína.
Palabras clave : Cocaína; Levamisol; Vasculite; Neutropenia.